Em entrevista coletiva com o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, Zelensky disse que uma cúpula da aliança em Vilnius, capital da Lituânia, em julho, pode se tornar “histórica” e que ele foi convidado a participar.
“Agradeço o convite para visitar a cúpula, mas também é importante para a Ucrânia receber o convite correspondente”, afirmou o ucraniano.
“Não há uma única barreira objetiva à decisão política de convidar a Ucrânia para a aliança e agora, quando a maioria das pessoas nos países da Otan e a maioria dos ucranianos apoia a adesão, é o momento para as decisões correspondentes”, acrescentou.
A declaração de Zelensky ocorre um dia após o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmar que a Suécia deve formalizar sua adesão à Otan ainda este ano.
“Estamos ansiosos para, muito em breve, poder chamá-lo de aliado”, disse Austin ao ministro da Defesa sueco, Pal Jonson.
“É um novo agravamento da situação. A ampliação da Otan é um ataque à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov. “Isso nos obriga a tomar contra-medidas. Vamos acompanhar cuidadosamente o que está acontecendo na Finlândia, como isso nos ameaça. Com base nisso, medidas serão tomadas. Nosso Exército informará quando chegar a hora.”
Com a adesão do país nórdico, a Otan duplica a extensão das fronteiras que os membros partilham com a Rússia, o que desagrada Moscou. A aliança é considerada pela Rússia uma das principais ameaças à segurança do país.
“Estamos tentando obter para a Ucrânia garantias de segurança adicionais que reforcem seu potencial militar e também o sentimento de segurança do povo ucraniano”, disse o polonês, após encontro com Zelensky . “Acredito firmemente que poderíamos receber essas garantias para a Ucrânia como uma introdução à sua adesão plena à Otan.”
Andrzej Duda ainda afirmou que a Varsóvia apoia “firmemente” a candidatura de Kiev à Otan.