O líder da China, Xi Jinping , pediu durante uma reunião da Comissão de Segurança Nacional do Partido Comunista , que os funcionários de segurança nacional se preparassem para “mares tempestuosos”. O presidente chinês se referia aos esforços que tem feito para intensificar o combate a quaisquer ameaças, sejam internas ou externas. “A complexidade e dificuldade das questões de segurança nacional que agora enfrentamos aumentaram significativamente”, disse Xi .
O presidente acrescentou que é necessário “aderir ao pensamento de linha de fundo e ao pensamento do pior cenário, e nos preparar para passar pelos principais testes de ventos fortes e ondas fortes e até mares perigosos e tempestuosos”.
O país asiático vem passando por uma série de desafios nos últimos tempos. Pequim , por exemplo, enfrenta questões envolvendo desde a economia, até um ambiente internacional que tem se mostrado cada vez mais hostil.
Xi Jinping afirmou que há a necessidade de acelerar a modernização do sistema de segurança nacional, visando torná-lo mais eficaz no “combate real e no uso prático”. Ele levanta que também deve ser investido no sistema de monitoramento, aprimore a educação em segurança nacional e no gerenciamento de dados efetuados pela inteligência artificial.
Por fim, Xi Jinping disse que o país deve moldar de forma proativa um “ambiente externo seguro”, para que tenha uma melhor segurança da “abertura” da China , e promova “a profunda integração do desenvolvimento e da segurança”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.