O anúncio foi feito indiretamente pelo ministério das Relações Exteriores da China, que garantiu a presença do primeiro-ministro Li Qiang como representante do país na reunião.
“A convite do governo da República da Índia, o primeiro-ministro do Conselho de Estado, Li Qiang, participará na 18ª Cúpula do G20, a ser realizada em Nova Déli, nos dias 9 e 10 de setembro”, diz a nota.
A decisão é tomada em meio ao esfriamento das relações bilaterais entre Pequim e Nova Déli e depois de Xi ter perdido os eventos da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) em Jacarta esta semana.
Li, que é considerado o número dois na hierarquia do Partido Comunista Chinês, está atualmente na Indonésia para a reunião, que terminará no próximo dia 8 de setembro, um dia antes do início da cúpula do G20.
Pela primeira vez desde a sua ascensão ao poder, no final de 2012, Xi não irá ao encontro do grupo das principais economias desenvolvidas e emergentes, no meio de tensões latentes com o Ocidente.
Como efeito imediato, o anúncio também enfraqueceu as esperanças de uma possível reunião bilateral entre o presidente chinês e seu homólogo norte-americano, Joe Biden, na reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) em São Francisco, que está marcada para novembro.
No último domingo, o líder dos Estados Unidos lamentou a ausência de Xi no G20, antes mesmo de ser oficializada. “Estou decepcionado, mas verei”, acrescentou o democrata sem dar detalhes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.