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MATO GROSSO

Voltada aos 141 municípios, capacitação sobre parcerias no setor cultural é concluída no TCE-MT

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Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) encerrou o ciclo de capacitações sobre a prestação de contas das parcerias regidas pela Lei 13.019/2014, nesta sexta-feira (17). O curso foi destinado aos gestores dos 141 municípios do estado, ligados a elaboração, monitoramento e prestação de contas de processos relacionados do setor cultural.

Realizada pela Escola Superior de Contas, a capacitação foi dividida em cinco turmas. A iniciativa é parte das diretrizes do presidente do TCE-MT, conselheiro José Carlos Novelli, que têm priorizado a orientação dos jurisdicionados por meio de uma extensa programação. 

Foi o que explicou o supervisor da Escola Superior de Contas, conselheiro Waldir Teis. “O presidente Novelli, no início da gestão, já tinha essa preocupação com o segmento cultural. Essa capacitação visa reduzir os problemas, porque ninguém quer julgar uma conta obrigando que os recursos sejam devolvidos porque não se soube prestar contas.”

Ministrado pelos especialistas Joéverton Silva de Jesus e Johnny Everson, o curso teve foco nas parcerias em regime de cooperação no setor cultural. Para isso, ao longo das últimas semanas os professores abordaram exemplos práticos de transparência, competência constitucional dos tribunais de contas e fundamentos do controle externo. 

Foto: Tony Ribeiro/TCE-MT

“Houve uma interação fantástica. Ficou claro que os jurisdicionados entenderam a importância destas capacitações e reconheceram que o Tribunal inova, porque falar sobre estas parcerias é algo inovador. Embora a lei seja de 2014, para o universo jurídico ainda é uma lei jovem e as dúvidas naturalmente acontecem”, disse Joéverton. 

Na outra ponta, o coordenador de Esportes, Lazer e Cultura de Santa Cruz do Xingu, Leandro Silva, falou sobre a aplicabilidade destes fundamentos. “O curso foi de extrema importância, principalmente para nós, que somos de cidades pequenas. Isso nos auxilia muito, saber o que fazer e o que não fazer, onde investir e onde não investir.”

Na última etapa a capacitação foi destinada aos servidores de Água Boa, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Campinápolis, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Canabrava do Norte, Canarana, Cocalinho, Confresa, General Carneiro, Itaúba, Luciara, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo Santo Antônio, Paranaíta, Paranatinga, Pedra Preta, Pontal do Araguaia, Porto Alegre do Norte, Porto Estrela, Querência, Ribeirão Cascalheira, Salto do Céu, Santa Terezinha, Tabaporã, Tangará da Serra, Vale de São Domingos, Vila Rica.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Fonte: TCE MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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