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Agronegócio

Volatilidade do mercado e safra recorde no Brasil impacta preços globais de açúcar

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Durante 2023, o mercado internacional de açúcar foi marcado pela volatilidade. Em novembro, por exemplo, o primeiro contrato de açúcar bruto da ICE Futures US, em Nova York, atingiu o pico de 28,14 centavos nas intradiárias, o nível mais elevado em 12 anos.

Essa ascensão aconteceu em um cenário de preocupações com as safras asiáticas afetadas pelo fenômeno El Niño, reduzindo as chuvas na Índia e na Tailândia durante 2023/24.

No entanto, com a confirmação de uma safra recorde no Brasil em 2023/24, o mercado iniciou um ajuste corretivo aos ganhos acumulados nos últimos meses, operando abaixo dos 20 centavos. Apesar disso, o encerramento do ano ainda apresenta ganhos em relação a 2022.

De acordo com a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), o Brasil registrou uma produção de 46,88 milhões de toneladas de açúcar na safra 2023/24, um aumento de 27,4% em relação ao período anterior, impulsionado por condições climáticas favoráveis que aumentaram a produtividade da cana-de-açúcar.

A estimativa da Conab para a moagem total de cana no Brasil é de 677,602 milhões de toneladas em 2023/24, estabelecendo um novo recorde histórico, comparado com 610,804 milhões de toneladas em 2022/23, refletindo um crescimento de 10,9%.

A União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) reportou que a moagem de cana entre abril e dezembro atingiu 638,39 milhões de toneladas, um aumento expressivo de 18,29% em comparação com o mesmo período na safra 22/23. A fabricação total de açúcar neste intervalo totalizou 41,75 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 25% em relação ao ciclo anterior, que produziu 33,35 milhões de toneladas.

Destacando-se nas regiões de Araçatuba (37,8%) e São José do Rio Preto (26,9%) em São Paulo, dados do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) revelam produtividades acumuladas da cana significativas. No acumulado de abril a novembro, a produtividade média dos canaviais do Centro-Sul cresceu 20,4% em relação ao mesmo período da safra anterior, alcançando 88,1 toneladas por hectare, ultrapassando em 15 toneladas por hectare o índice de 2022/2023.

Em novembro, a produtividade aumentou 11,4% comparada à safra anterior, atingindo 78,6 toneladas por hectare, conforme dados do CTC. Entretanto, a qualidade da matéria-prima (ATR) registrou queda em praticamente toda a região Centro-Sul, com exceção de Goiás e Mato Grosso do Sul, possivelmente devido ao atraso na colheita e ao aumento das chuvas.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Fiagros alcançam R$ 41,7 bilhões e ganham força no mercado de capitais agroindustrial

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Os fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros) seguem em ritmo acelerado de crescimento, consolidando-se como uma alternativa promissora para o agronegócio dentro do mercado de capitais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, desde a criação dos Fiagros em 2021, o patrimônio desses fundos multiplicou-se quatro vezes, alcançando R$ 41,7 bilhões até agosto de 2024. Apenas neste ano, o setor registrou um aumento de 5,3%, comparado aos R$ 38 bilhões registrados em dezembro de 2023.

Os Fiagros vêm atraindo atenção por permitirem que investidores se exponham ao setor agroindustrial brasileiro, diversificando suas carteiras com potencial de retorno financeiro. Entre agosto de 2023 e agosto de 2024, o número de Fiagros aumentou 58%, chegando a 116 fundos ativos no mercado. Esse avanço reflete a popularidade crescente desses fundos, que são beneficiados por incentivos fiscais e regulamentações favoráveis, fatores que também contribuíram para o fortalecimento do setor desde sua criação.

Além dos Fiagros, outros instrumentos financeiros ligados ao agronegócio também mostram desempenho positivo. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) cresceram 6,1%, totalizando R$ 487 bilhões, enquanto as Cédulas de Produto Rural (CPRs) aumentaram expressivos 33,5%, somando R$ 398 bilhões. Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs) também registraram crescimento de 14,9% e 25,8%, respectivamente.

Apesar do cenário promissor, o mercado de Fiagros enfrenta desafios, como a alta taxa de juros e os impactos de eventos climáticos, que afetam o fluxo de caixa dos produtores e elevam o risco de crédito. Outro fator observado é a queda nos dividendos, que hoje se aproximam dos valores de fundos imobiliários tradicionais, com uma diferença de apenas 0,8%, comparada aos 2,2% em 2023.

Fonte: Pensar Agro

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