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Violência ameaça futuro de bloquinho tradicional de Brasília

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O tradicional Bloco dos Raparigueiros deve ter sua saída reavaliada pelos diretores e o governo do Distrito Federal no próximo carnaval. Em balanço feito na manhã desta quarta-feira (22), a governadora interina do Distrito Federal, Celina Leão, destacou que dos 17 registros de esfaqueamentos, durante os quatro dias de folia, 10 ocorreram durante a passagem do bloco na noite de domingo (19).  

“Precisamos analisar se vale a pena deixar o bloco sair nos próximos anos. Teremos uma reunião com os representantes para manter o diálogo. Neste formato, como aconteceu, a tendência é que esse bloco não continue mais saindo”, avaliou a governadora. Ela disse que, a pedido da diretoria, vai receber representantes do bloco, na tarde de hoje (22), para conversar sobre as ocorrências.

O bloco foi o que mais teve autuações registradas pela Policia Militar do Distrito Federal, com a apreensão de 47 armas brancas, o que representa 85% das 55 confiscadas em todo os eventos.

Apesar da violência com arma branca, não houve registro de óbitos. Duas pessoas permanecem internadas em um hospital da cidade sem gravidade.

Nota

Em nota divulgada nesta terça-feira (21), o Bloco dos Raparigueiros prestou solidariedade às vítimas das facadas e seus familiares e reiterou gratidão ao trabalho das forças de segurança do Distrito Federal. Segundo o documento, os blocos carnavalescos que têm como característica “grandes aglomerações e podem se tornar vetores de tal problema social e a cultura e economia da cidade acabam sendo vítimas desse processo, pois a sociedade também participa do bloco de carnaval de rua”.

A diretoria acrescentou que os Raparigueiros receberam públicos de todas classes e faixas sociais e que mais de 120 mil pessoas participaram do desfile no período carnavalesco. “Dentre estas tivemos, infelizmente, alguns indivíduos que não se moviam pelo ânimo da festividade, mas se tomavam por intuitos criminosos, que se infiltram e se aproveitavam da aglomeração para perpetrar crimes contra os nossos foliões, em especial os contra o patrimônio. Além disso, o consumo excessivo de álcool muitas vezes pode ser causa de desinteligências entre foliões.”

“O Raparigueiros repudia todo e qualquer tipo de violência, acredita que qualquer crime deve ser punida com o rigor da lei, mas também vê que é fundamental que o governo se prepare cada vez mais e melhor para o carnaval de Brasília, que tem crescido e ganhado relevância nacional. O carnaval, os bloquinhos e os agentes culturais não podem ser punidos pela problemática da violência urbana. A folia é símbolo de alegria, de festa e de paz, sempre. E milhares de foliões não podem ser vítimas e muito menos culpados por uma minoria que sai às ruas para cometer delitos”, disse, em nota.

Segurança 

Segundo o governo do Distrito Federal, mais de R$ 7 milhões foram investidos e 34 blocos foram contemplados na região central de Brasília e nas demais regiões administrativas. Com um público superior a 1,5 milhão de pessoas nas ruas, a governadora comemorou a queda da violência e destacou que houve uma redução nos registros de violência de 49% em relação ao carnaval de 2019 e de 24% em relação à folia de 2020.

“Tivemos aumento de foliões em relação ao carnaval passado, e o policiamento foi bem executado.” 

Segundo o secretário de Cultura do Distrito Federal, Bartolomeu Rodrigues, esse foi o “carnaval do diálogo”.

“Conversamos com todos os blocos e representantes das comunidades. O papel do Estado foi todo baseado em transparência. Tudo acordado e conversado. Na minha opinião, também foi o carnaval da paz.”

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC Geral

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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