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Política Nacional

VÍDEO: Vereador do Sul ataca baianos em meio a escândalo de escravidão

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Vereador Sandro Fantinel
Reprodução

Vereador Sandro Fantinel


O vereador Sandro Fantinel (Patriota), de Caxias do Sul (RS), usou a tribuna da Câmara Municipal na última segunda-feira (27) para atacar os baianos e criticar a operação que resgatou mais de 200 trabalhadores que estavam em exploração análoga à escravidão em Bento Gonçalves (RS).

Durante seu discurso, o parlamentar aconselhou os produtores da região a contratar mão de obra de argentinos ao invés de contratar trabalhadores da Bahia. Segundo ele, as pessoas do país vizinho “são limpos”, enquanto os baianos só sabem “viver na praia tocando tambor”.

Nos últimos dias, trabalhadores mantidos em alojamento apertado  e sem higiene foram resgatados pela justiça. Os profissionais – explorados em grandes vinícolas da região – eram ameaçados e até agredidos com choques e spray de pimenta pelos patrões.

O resgate dos trabalhadores que eram mantidos em alojamento apertado e sem higiene, tratados sob ameaças e até agredidos com choques e spray de pimenta está causando enorme repercussão desde a semana passada, pois eles eram explorados em grandes vinícolas da região.

Apesar das provas, o vereador acusou a mídia dar uma “exagerada” na denúncia e que a exposição do caso tem “motivos políticos” para prejudicar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no qual Fantinel é apoiador. “Como é de costume, o empresário é tratado como vilão”, lamentou.

“Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer limpeza todos os dias para os bonitos? Temos que botar em hotel 5 estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?”, indagou ele,.

“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, acrescentou, referindo-se aos baianos, que eram maioria no alojamento. O vereador ainda prometeu criar “uma linha” para contratar argentinos para o trabalho de colheita de uvas.

“Todos os empresários que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantém a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão. Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, falou Sandro em tom preconceituoso.

“Deixem de lado. Que isso sirva de lição, deixem de lado aquele povo, que é acostumado com carnaval e festa, para vocês não se incomodarem novamente”, concluiu.

Assista ao vídeo:


Vereadores querem cassação o parlamentar

Após Sandro Fantinel encerrar o seu discurso, a bancada do PT na Câmara de Caxias do Sul iniciou um ato de protesto para que a manifestação do vereador fosse retirada da ata da instituição para que não ficasse registrada.

Agora os parlamentares trabalham nos bastidores para cassar o mandato de Fantinel. A alegação é que o vereador fez quebra do decoro.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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