Nesta quarta-feira (3), a Rússia acusou a Ucrânia de tentar atacar a sede do governo russo, o Kremlin, com dois drones militares para matar o presidente Vladimir Putin. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a tentativa ocorreu na noite dessa terça-feira (2), mas as forças conseguiram interceptar os drone e impedir o ataque , segundo ele.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o drone chegando perto do prédio do Kremlin e, quando se aproxima, uma explosão atinge o topo da construção. Nos registros, é possível ver fumaça e focos de incêndio.
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) May 3, 2023
A Rússia afirmou que a ação foi um “ataque terrorista planejado” e, dessa forma, se considera no direito de retaliar, informou a agência de notícias russa RIA . Após o suposto atentado, o porta-voz do Parlamento russo pediu a “destruição do regime de Kiev”.
“Consideramos essas ações um ato terrorista planejado e um atentado contra a vida do presidente, realizado na véspera do Dia da Vitória, o desfile de 9 de maio, no qual também está prevista a presença de convidados estrangeiros”, afirmou o Kremlin em comunicado. “O lado russo se reserva o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando achar adequado.”
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que, como retaliação da Rússia, há risco de ataques a instalações de infraestrutura na Europa e nos Estados Unidos. De acordo com o chefe de Inteligência da Otan, há um alto risco de que, nos próximos dias, Moscou sabote dutos de distribuição de gás para a Europa que estão instalados no mar.
Os Estados Unidos disseram que estão investigando as acusações russas contra a Ucrânia.
Ucrânia nega autoria do ataque
Hoje, uma autoridade do governo ucraniano disse que Kiev não tem qualquer relação com o ataque de drone ao Kremlin e que uma ação desse tipo não daria uma vantagem à Ucrânia no conflito.
Segundo o ucraniano, tal ação serviria apenas para levar a Rússia a tomar medidas mais radicais dentro da guerra.
Conforme a agência de notícias Reuters , o assessor presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, afirmou que a alegação de que Kiev estaria por trás de um ataque e a prisão de supostos sabotadores ucranianos pela Rússia podem ser sinais de que Moscou está se preparando para um bombardeio em grande escala contra a Ucrânia nos próximos dias.