A Marinha dos Estados Unidos divulgou um vídeo nesta segunda-feira (5) que mostra um navio de guerra da China cortando a rota de um destróier americano no Estreito de Taiwan no último sábado (3).
No momento em que a embarcação foi surpreendida pelo navio chinês, estava ocorrendo uma operação de “liberdade de navegação”. Essa operação consiste em desafiar reivindicações marítimas de um outro país.
De acordo com o Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos, o navio chinês ultrapassou o destróier e desviou a uma distância de apenas 140 metros. O navio americano manteve o seu curso, mas precisou diminuiu a velocidade.
A ultrapassagem ocorreu no mesmo dia que Lloyd Austin, secretário de Defesa dos Estados, e Gen Li Shangfu, ministro da Defesa da China, estavam em Singapura para uma conferência de segurança.
Segundo o ministro chinês, o episódio representou uma provocação dos EUA à China. Os dois países já vêm enfrentando conflitos há algum tempo: o governo de Joe Biden manifestou apoio a Taiwan, mesmo existindo o reconhecimento diplomático de que trata-se de uma ilha chinesa.
Além disso, no embate entre Rússia e Ucrânia, a China tem reafirmado o apoio à Rússia nos últimos meses, enquanto os EUA estão ativamente alinhados com a Ucrânia — o que tem inflamado ainda mais a situação entre as duas potências.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.