Nesta terça-feira (23), durante um discurso de campanha no estado da Virginia, o presidente dos EUA e candidato à reeleição Joe Biden foi interrompido por opositores ao conflito na faixa de Gaza, e críticos do apoio que a Casa Branca tem dado a Israel desde o início do atrito com o Hamas, em outubro do ano passado.
Manifestações semelhantes têm ocorrido ao longo das últimas semanas, o que demonstra certa insatisfação de potenciais eleitores de Biden com a sua postura frente à guerra.
NOW: Protestors demanding a ceasefire in Gaza repeatedly disrupt @POTUS ‘s campaign event in Virginia.
As Biden campaigns on reproductive rights, he continues to give Israel bombs to drop on 50,000 pregnant women in Gaza. pic.twitter.com/bqvEz1rvjM
No momento da interrupção, Biden discursava sobre a necessidade de garantir o direito constitucional das mulheres ao aborto. Em 2022, a Suprema Corte americana derrubou uma decisão de 1973 que garantia esse direito, o que abriu caminho para uma série de medidas restritivas ao longo do país, especialmente em estados republicanos. Ele enfatizava a posição conservadora de Trump e dizia que o rival está ’empenhado’ em impor mais restrições ao aborto no país.
Biden foi interrompido mais de dez vezes ao longo do seu discurso – todas as vezes, os manifestantes citavam a situação em Gaza. Além dos pedidos pelo cessar-fogo e pelo reconhecimento de um Estado palestino, os protestantes acusaram o mandatário de bloquear o envio de leite em pó para bebês no enclave palestino, uma referência à demora na entrada de caminhões de suprimentos a partir da fronteira com o Egito.
“Isso vai continuar por mais um tempo. Eles planejaram isso tudo”, disse o presidente, que em cada pausa era aplaudido e recebido com o grito de “mais quatro anos”.
Desde o começo do conflito em Gaza, o apoio dos EUA a Israel tem sido questionado por setores progressistas dentro do país, que entendem que a Casa Branca está colaborando para o que chamam de “massacre” no território palestino, onde mais de 25 mil pessoas – a maioria crianças, mulheres e idosos – perderam suas vidas, segundo o Ministério da Saúde do enclave.
Em sua defesa, Biden e integrantes do governo afirmam que têm pressionado Israel para reduzir o número de vítimas civis e minimizar o impacto humanitário que meses de bombardeio têm causado aos mais de 2 milhões de moradores de Gaza.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.