Nesta sexta-feira (21), o vice-primeiro-ministro do Reino Unido , Dominic Raab, renunciou ao cargo no governo após uma investigação independente sobre denúncias de assédio moral dele contra funcionários.
Raab enviou carta de demissão ao primeiro-ministro Rishi Sunak, de quem era aliado próximo, justificando que estava “cumprindo sua palavra” caso denúncias surgissem contra ele. O documento foi enviado ao premiê antes que o relatório da investigação se tornasse público.
“Escrevo para renunciar ao seu governo”, disse ele. “Solicitei essa investigação e prometi renunciar se apurasse fatos de assédio, quaisquer que fossem. Acho que é importante respeitar a minha palavra”, continuou.
Na carta , ele ainda disse que a investigação fez duas descobertas de bullying e rejeitou as outras. Raab, no entanto, chamou as acusações de “falha” e afirmou que o inquérito “estabeleceu um precedente perigoso” ao “estabelecer o limite para o bullying tão baixo”.
No cargo em que Raab estava, ele não tinha poderes formais, mas substituía o primeiro-ministro caso ele estivesse ausente no parlamento ou incapacitado. Dominic Raab , porém, era um aliado político próximo de Sunak e ajudou a lançar a campanha dele para ser premiê no verão passado.
A renúncia de Raab acontece um dia após Sunak receber as conclusões sobre oito queixas formais de que o agora ex-vice-premiê havia abusado de funcionários em passagem anterior pelo cargo e enquanto era secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha e secretário do Brexit .
Raab negou as acusações de que teria menosprezado e humilhado sua equipe e disse ter se “comportado profissionalmente o tempo todo”, mas disse que renunciaria caso as queixas fossem confirmadas.
Conforme o porta-voz oficial do primeiro-ministro, Max Blain, Sunak recebeu o relatório com as denúncias na manhã dessa quinta-feira (20), mas ainda não havia tomado nenhuma decisão em relação ao vice.
O caso se tornou um dilema para o premiê, que não sabia se demitia Raab e seria criticado por ter o escolhido, ou se o mantinha no cargo, mas também receberia críticas por parte da população por não cumprir sua promessa de restaurar a integridade conservadora.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.