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Venezuela vê provocação no envio de navio de guerra britânico à Guiana

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Divulgação/Royal Navy
O ‘HMS Trent’ partirá este mês para a Guiana, após o Natal


No domingo (24), o Reino Unido anunciou o envio de um navio militar para a Guiana, uma ex-colônia britânica que controla a região de Essequibo, alvo de uma longa disputa territorial com a vizinha Venezuela, que encarou a decisão como uma provocação.

Há mais de um século a Venezuela reivindica a soberania sobre Essequibo, um território de 160.000 km² rico em recursos naturais – especialmente o petróleo, descoberto em 2015, e a tensão cresceu quando Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, realizou um referendo consultando a população sobre a anexação de Essequibo no dia 3 de dezembro.

Atualmente a Guiana possui o controle total da região e argumenta que um tribunal de arbitragem em Paris estabeleceu as fronteiras em 1899, quando o país ainda era uma colônia britânica.


O comunicado oficial do ministério da Defesa britânico declarou que “O ‘HMS Trent’ partirá este mês para a Guiana, nosso aliado regional e parceiro na Commonwealth, para uma série de compromissos na região”. A BBC informou que o navio deve participar de exercícios militares após o Natal, junto a outros aliados da Guiana, não especificados pela emissora britânica.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, reagiu à notícia por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter).

“Um navio de guerra em águas a serem delimitadas? E então? E o compromisso com a boa vizinhança e a convivência pacífica? E o acordo de não ameaçar e usar a força mutuamente em nenhuma circunstância?”.


Ao citar um “compromisso de boa vizinhança”, Padrino López se referiu ao acordo assinado em 14 de dezembro, durante o primeiro encontro entre os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, promovido pelo Brasil para tentar mediar o conflito diplomático.

“Seguimos alertas a essas provocações que colocam em risco a paz e a estabilidade do Caribe e de nossa América!”, concluiu o chefe militar da Venezuela.

Fonte: Internacional

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