O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (15) que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela . O mandatário brasileiro sugeriu, ainda, a realização de um novo pleito.
Em entrevista a uma rádio paranaense, o petista disse que só reconhecerá a vitória do chavista após o fim da investigação pela Sala Eleitoral do TSJ venezuelano. “Ainda não [reconheço o resultado]. Ele sabe que está devendo uma explicações para a sociedade, para o mundo. Ele sabe disso”, disse Lula.
“O Maduro tem seis meses de mandato ainda. Se ele tiver bom senso, ele poderia tentar fazer uma conclamação ao povo da Venezuela, quem sabe até convocar novas eleições, estabelecer um critério de participação de todos os candidatos, criar um comitê eleitoral supra partidário que participe todo mundo e deixar que entre olheiros do mundo inteiro. O que eu não posso é ser precipitado e tomar uma decisão”, afirmou Lula.
“Eu quero o resultado, se tiver, vamos tratar [de reconhecer]”, disse o chefe do Executivo brasileiro. “Tem que apresentar os dados, por algo confiável, o Conselho nacional que tem gente da oposição poderia ser, mas ele mandou pra Suprema Corte dele. Não posso julgar a Justiça de outro país.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.