A Venezuela está preparada para qualquer cenário, incluindo a reimposição das sanções dos Estados Unidos sobre suas exportações de petróleo e gás, disse o ministro do Petróleo, Pedro Tellechea, nesta terça-feira (30).
Na segunda-feira (29), o Departamento do Tesouro deu às entidades norte-americanas até 13 de fevereiro para encerrar as transações com a mineradora estatal venezuelana Minerven.
O Departamento de Estado dos EUA disse separadamente na terça-feira que Washington não planeja renovar uma licença que deve expirar em 18 de abril. Esta, possibilita que o petróleo venezuelano cirucle livremente.
“As ações de Nicolás Maduro e seus representantes na Venezuela, incluindo a prisão de membros da oposição democrática e a proibição de candidatos de competir na eleição presidencial deste ano, são inconsistentes com os acordos assinados em Barbados”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
“Na ausência de progresso entre Maduro e seus representantes e a Plataforma Unitária da oposição (…) os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril”, acrescentou o órgão, referindo-se à licença geral 44, que proporciona alívio ao setor de petróleo e gás da Venezuela.
Desde outubro, as exportações de petróleo da Venezuela aumentaram em alguma medida, com mais cargas destinadas aos EUA e à Europa, que costumavam ser seus mercados preferidos antes das sanções.
Os EUA também sentiriam o impacto da reimposição de sanções energéticas sobre a Venezuela, disse Tellechea, ministro de Petróleo, aos repórteres, acrescentando que o país não vai “se ajoelhar” só porque alguém tenta impor com quais países ele pode fazer negócios.