O e x-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sofreu um atentado durante um comício na Pensilvânia, neste sábado (13). Após barulhos de tiros serem ouvidos no local, ele foi retirado do palco sangrando, com um ferimento no rosto. O ataque gerou uma onda de preocupação e condenação global. As autoridades investigam o caso.
O que aconteceu
O tiroteio ocorreu na tarde de sábado (13) em Butler, Pensilvânia. Jornalistas no local relataram que ouviram “uma série de fortes explosões ou estrondos” antes que agentes do Serviço Secreto corressem em direção a Trump. O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, disparou vários tiros de uma “posição elevada”, do telhado de um prédio, antes de ser morto pelas equipes de segurança.
Vídeos mostram Trump sendo rapidamente levado embora por agentes, com sangue no rosto. Os participantes do comício descreveram a situação como “pandemônio”, com confusão generalizada. Alguns pensaram que os sons eram fogos de artifício, enquanto outros viram pessoas sendo atingidas por tiros.
Uma testemunha ocular do lado de fora do evento disse à BBC News que viu o atirador subir em um telhado e tentou alertar a polícia. “Notamos o cara rastejando, rastejando como um urso, subindo pelo telhado do prédio ao nosso lado, a 15 metros de nós”, disse a testemunha. “Estamos parados ali, apontando para o cara subindo no telhado. Podemos vê-lo claramente com um rifle.” A testemunha ainda acrescentou que notificou a polícia e que os agentes “não sabiam o que estava acontecendo”.
“Estou pensando: ‘Por que Trump ainda está falando? Por que não o tiraram do palco?’ Estou ali, apontando para ele por dois, três minutos, o Serviço Secreto está olhando para nós, estou apontando para aquele telhado. E a próxima coisa que você percebe são cinco tiros”, continuou.
Vítimas
Além de Crooks, o tiroteio deixou pelo menos um membro da plateia morto e dois outros participantes gravemente feridos, de acordo com o Serviço Secreto. “O Serviço Secreto dos Estados Unidos respondeu rapidamente com medidas de proteção e o ex-presidente Trump está seguro. Um espectador foi morto e dois ficaram gravemente feridos. Este incidente está atualmente sob investigação e o Serviço Secreto notificou o FBI”, informou Anthony Guglielmi, chefe de comunicações do Serviço Secreto dos EUA.
Todos eram homens adultos, disse o tenente-coronel George Bivens, da Polícia Estadual da Pensilvânia.
Condição de Trump
De acordo com seu porta-voz, Steven Cheung, Trump está bem. “O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, comunicou Cheung.
O ex-presidente disse nas redes sociais que foi atingido por uma bala na “parte superior da orelha direita”. Trump relatou que “soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele”. Ele também prestou condolências às famílias da vítima fatal e dos feridos.
Investigação
Várias agências federais estão envolvidas na investigação, com o FBI na cena. Autoridades policiais dizem que o tiroteio está sendo investigado como uma possível tentativa de assassinato.
O agressor, Thomas Matthew Crooks, era um republicano registrado de 20 anos que já havia feito uma pequena contribuição para um grupo alinhado aos democratas, de acordo com registros públicos.
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
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Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
Trump é baleado em comício por jovem de 20 anos, posteriormente morto pelo Serviço Secreto x
Segundo Kevin Rojek, o agente especial encarregado do escritório de campo do FBI em Pittsburgh, Crooks não tinha nenhuma identificação no corpo, então os agentes tiveram que “analisar seu DNA e obter confirmação biométrica”.
Declaração de Biden
O presidente Joe Biden falou com Trump após o caso e disse estar grato pelo ex-presidente estar seguro. Ele condenou o incidente e pediu que o país se unisse:
“Não há lugar na América para esse tipo de violência.” Acrescentou que “todas as agências do governo federal” estão investigando o assunto e fornecendo-lhe relatórios sobre as últimas novidades. Biden disse que tem “uma opinião” sobre se o ocorrido foi uma tentativa de assassinato, mas que não tinha fatos suficientes para comentar.
Reações globais
Líderes dos Estados Unidos e do mundo denunciaram o ataque e expressaram condolências às vítimas. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse no X que a tentativa de assassinato contra Trump deve ser repudiada por todos os defensores da democracia.
Barack Obama afirmou que “não há absolutamente nenhum lugar para a violência política na democracia”.
O presidente da Argentina, Javier Milei, escreveu no X: “Todo meu apoio e solidariedade ao Presidente e candidato Donald Trump, vítima de uma covarde tentativa de assassinato que colocou em risco sua vida e a de centenas de pessoas.”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comentou: “Sara e eu ficamos chocados com o aparente ataque ao presidente Trump. Oramos por sua segurança e rapidez.”
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell Fontelles, reagiu no X: “Chocado com a notícia do ataque ao Presidente Trump, que condeno veementemente. Mais uma vez, estamos testemunhando atos de violência inaceitáveis contra representantes políticos.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.