Etiqueta não é apenas um monte de regras chatas que só existem para complicar a vida das pessoas. Os bons costumes foram desenvolvidos durante anos para melhorar a convivência entre todos. O ambiente de trabalho é um dos principais lugares em que a etiqueta deve ser levada a sério, pois suas atitudes são mais observadas e contam muito para alcançar o sucesso profissional. Erros e gafes podem ser o motivo pelo qual você não consegue uma promoção desejada.
Você faz a imagem da empresa
Para crescer profissionalmente dentro de uma empresa, obviamente que o seu desempenho e suas habilidades contam muito. Porém, não basta cumprir as funções com excelência se não sabe se comportar em entrevistas, em reuniões e no dia a dia.
Atitudes inadequadas dos representantes de uma empresa podem criar uma má imagem para ela. Dessa forma, os diretores pensarão duas vezes antes de promover o funcionário a um cargo de maior responsabilidade.
As pequenas atitudes também são muito relevantes dentro de uma empresa, como a forma que você utiliza o e-mail corporativo, as redes sociais, o telefone, o modo que você se relaciona com os colegas, entre outras coisas.
Utilização do e-mail corporativo
De acordo com o fundador e diretor geral da Elevartis, Guilherme Rego, o funcionário não deve utilizar o e-mail corporativo para fins pessoais, pois, por meio dele, ele representa a empresa. É mais apropriado que a pessoa reserve alguns minutos do dia para entrar no e-mail pessoal.
Juliana Rizo, diretora executiva do Posh My Style, concorda e acrescenta que, “quando enviamos uma mensagem através do e-mail corporativo, estamos representando a empresa. É como se mandássemos uma carta com papel timbrado”.
Segundo ela, não é indicado utilizar o “e-mail corporativo para enviar correntes, piadas ou outros assuntos que não tenham relação com a empresa e não agreguem em nada no trabalho de seus colegas”.
Cuidado com o texto
Existem outros pontos que merecem cuidados quando o assunto é o e-mail corporativo. Evite escrever textos muito longos. “É importante saber resumir, dependendo das pessoas para as quais está enviando. Se você precisa enviar um e-mail com um nível técnico, tudo bem, mas, na maioria dos casos, é desnecessário. O e-mail deve conter apenas informações essenciais , tem o objetivo de ser rápido”, enfatiza o fundador da Elevartis.
Outro cuidado importante para se ter em relação aos e-mails é com os erros de português. É essencial que o funcionário releia o que escreveu antes de enviar, pois ele está representando uma empresa; deve ser claro, objetivo, correto e educado.
Uso do celular no trabalho
Algumas atitudes no trabalho devem ser moderadas pelo bom senso de cada um. Por exemplo, atualmente o celular é um item indispensável do dia a dia de cada um. Por isso, é comum que você deixe o aparelho ligado durante o expediente, mas alguns cuidados devem ser tomados.
“Os aparelhos de telefone celular podem e devem ficar ligados dentro da empresa, já que vários assuntos profissionais são resolvidos por telefone. Mas não podemos atrapalhar a concentração das pessoas ao redor com toques altos e indiscretos; o ideal é que se utilize o modo vibrar”, aconselha Rosana Fa, autora do livro Postura Profissional, publicado pela Qualitymark Editora.
Utilize com moderação
O fundador e diretor geral da Elevartis, Guilherme Rego, ressalta que é preciso utilizar o celular pessoal com moderação. “Você tem família, é natural que você atenda o celular. Claro que você não vai passar três horas falando com seu namorado no meio do expediente. Mas é natural que você atenda ligações pessoais no celular ao longo do dia. Por outro lado, os familiares também precisam entender que, em alguns momentos, você não pode atender, em uma reunião, por exemplo”, enfatiza.
Momentos para desligá-lo
Juliana Rizo, diretora executiva do Posh My Style, acrescenta que, caso precise atender ou fazer uma chamada, é importante procurar um local reservado, para falar com privacidade e não atrapalhar o trabalho dos colegas. “Caso não esteja esperando uma ligação urgente, seu celular deve ser desligado em ocasiões como reuniões, palestras, cursos, atendimento a clientes, almoços e outros eventos sociais. Afinal, as pessoas que estão com você ao vivo merecem mais atenção do que o aparelho. Se, por acaso, esquecer o celular ligado, peça desculpas e desligue-o, sem atender”, conclui.
Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.
Melhorias
A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.
Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.
Expansão
Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.
Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.
Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.
Fontes de recursos
No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.
Golpes
O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.