O Mercosul e a União Europeia estão perto de resolver um dos impasses que travam a aprovação definitiva de um acordo de livre comércio entre os dois blocos, que é negociado há mais de 20 anos.
Xiana Méndez, secretária de Comércio da Espanha, país que ocupa a presidência rotativa da UE neste semestre, disse nesta segunda-feira (27) que as duas partes “nunca estiveram tão próximas de concluir as negociações sobre os documentos adicionais em matéria de sustentabilidade, que podem favorecer a assinatura do acordo”.
Capitaneado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Mercosul exige mudanças em um documento proposto pela UE no início do ano com sanções em caso de descumprimento de metas ambientais.
Em diversas ocasiões, o líder brasileiro afirmou que essa carta adicional era “inaceitável” e representava uma “ameaça” ao bloco sul-americano.
Segundo Méndez, que participou de uma reunião da UE em Bruxelas, a cúpula de líderes do Mercosul em Brasília, em 7 de dezembro, é uma “janela de oportunidades” para acelerar as negociações.
Já o vice-presidente da Comissão Europeia, poder Executivo da UE, Valdis Dombrovskis, disse que o bloco continua “trabalhando intensamente” por um acordo.
As tratativas ganharam um novo sentido de urgência após a vitória do ultraliberal Javier Milei , crítico do Mercosul, nas eleições para presidente da Argentina.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.