Após intensas discussões, a União Europeia adotou o 10° pacote de sanções contra a Rússia por conta da guerra iniciada na Ucrânia neste sábado (25). As punições afetam 121 pessoas e entidades russas e é estimado em 11 bilhões de euros.
“Há novas e significativas restrições à importação/exportação, proibição de difusão da propaganda russa. Permanecemos unidos na nossa determinação de atacar a máquina de guerra da Rússia”, disse o alto representante para Política Externa da UE, Josep Borrell.
Conforme o europeu, as medidas ainda “miram os responsáveis pela deportação e adoção forçada de ao menos seis mil crianças ucranianas” , o que é uma “clara violação do direito internacional”.
Já o governo da Suécia, que está na presidência do bloco, informou que foram incluídas “restrições às exportações mais severas no que tange ao ‘duplo uso’ [de equipamentos] e tecnologia” .
“Juntos, os Estados-membros da UE impuseram as sanções mais incisivas e de ampla escala para ajudar a Ucrânia a vencer a guerra. A UE está unida ao lado da Ucrânia e do povo ucraniano. Continuaremos a apoiar a Ucrânia até quando for necessário”, diz ainda a nota sueca.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou a adoção do novo pacote de sanções e afirmou que “essas são as sanções mais amplas já aplicadas, que reduzem o arsenal bélico da Rússia e atingem profundamente a sua economia”. “Estamos também aumentando a pressão contra aqueles que buscam ajudar [a Rússia] a escapar das nossas sanções”, pontuou ainda .
Após o anúncio, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, celebrou a adoção do novo pacote e disse que “a pressão contra o agressor russo deve aumentar”.
“Esperamos passos decisivos contra a Rosatom [companhia estatal de energia nuclear] e a indústria nuclear russa, e mais pressão contra os militares e os bancos”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.