O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, afirmou que o bloco deve adotar uma postura “flexível” em relação à resposta do Brasil e do Mercosul sobre as exigências ambientais do bloco.
Em sua recente viagem a Bruxelas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atual mandatário pro tempore do Mercosul, rejeitou supostas pressões da UE e anunciou que em duas ou três semanas o Mercosul vai apresentar uma contraproposta ao instrumento adicional europeu sobre meio ambiente.
“Agora estamos à espera da proposta dos países do Mercosul, que será analisada com grande flexibilidade para tentar encontrar um ponto em comum. Uma negociação é assim: você apresenta uma proposta máxima e sabe que a outra parte vai reduzir sua proposta”, disse o representante da UE em entrevista à rede Bandeirantes na quinta-feira (20).
O diplomata, no entanto, afirmou que a UE não está pressionando o Brasil e o Mercosul através do instrumento adicional. “Não é uma cobrança, todos temos que responder ao desafio [ambiental]. A UE não quer cobrar, quer ajudar”, garantiu.
Ybáñez ainda elogiou o “compromisso do presidente Lula” na luta contra o desmatamento da Amazônia e manifestou satisfação com a “reunião muito positiva” entre UE e Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Bruxelas, onde houve um “impulso político” para avançar nas negociações sobre o acordo de livre comércio com o Mercosul.
“Para todos nós, é uma oportunidade única poder fechar um acordo entre duas regiões que compartilham valores, história e a forma de nos desenvolver”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.