Os líderes dos 27 países que compõem a União Europeia, após uma longa discussão entre os negociadores, concordaram em pedir “pausas humanitárias em Gaza” . Um dos pontos de debate foi a terminologia que seria usada. “Pausa” e “janelas” também foram consideradas.
“O Conselho Europeu expressa a máxima preocupação pela deterioração da situação humanitária em Gaza e pede um acesso humanitário contínuo, rápido, seguro e sem obstáculos, e que as ajudas atinjam a quem precisa através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores e pausas humanitárias”, diz o último rascunho para a declaração de conclusão da cúpula do Conselho Europeu, ao qual a ANSA teve acesso.
Nesta quinta-feira (26), em sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU, convocada para discutir o conflito no Oriente Médio, a Palestina pediu que os representantes dos demais países “escolham a paz”.
“Parem as bombas e salvem vidas. As vidas dos 2,3 milhões de civis em Gaza, as vidas das crianças, 3 mil crianças inocentes foram mortas por Israel nas últimas três semanas”, disse o embaixador palestino na ONU, Ryad Mansour.
“É essa a guerra que alguns de vocês estão defendendo? Essa guerra pode ser defendida? Esses são crimes, barbárie. Parem-na pelas vidas que ainda podem ser salvas”, prosseguiu, com a voz embargada.
Em seguida, Erdan disse que nenhum filme de terror pode ser comparado à brutalidade do ataque dos “monstros do Hamas” e classificou a resolução jordaniana como “ridícula”, reclamando que não menciona o Hamas.
“Os hospitais e os civis devem ser protegidos só se não forem israelenses? Quando se lê esse rascunho o Hamas parece ter se perdido. É uma vergonha para a sua inteligência, é uma loucura que um texto que nem menciona o Hamas seja levado em consideração para ser votado”, afirmou.
Ele também pediu que os presentes “fiquem do lado certo da história” e reprovem a resolução. “Unidos pela paz? Unidos para estraçalhar em pedaços cada israelense”, disse, citando o título do documento.
“Nosso objetivo é erradicar o Hamas completamente, e usaremos qualquer meio à nossa disposição para levar isso até o fim, não por vingança, mas para que suas brutalidades não se repitam. O cessar-fogo daria ao Hamas a possibilidade de se rearmar”, alertou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.