A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira (20) a adesão a um novo acordo para reformar as regras e o sistema anti-imigração ilegal. O texto “Novo Pacto sobre Migração e Asilo” deve entrar em vigor no próximo ano e busca dar aos governos dos países da União uma sensação de maior controle sobre as fronteiras.
Uma das novidades do acordo é o rastreamento dos imigrantes ilegais por meio do cadastro biométrico deles. A ideia é poder fazer uma avaliação rápida nas fronteiras para identificar se a pessoa estaria elegível para receber asilo em algum país do bloco.
“Significa que serão os europeus que decidirão quem vem para a UE e quem pode ficar, e não os contrabandistas. Significa proteger os necessitados”, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
O plano ainda deverá passar nos próximos meses pelo processo de aprovação da União Europeia para que se torne lei. Na terça-feira (19) foi aprovado pelo Parlamento francês um projeto de lei (PL) que prevê mais rigidez no processo de imigração no país.
Ao jornal Le Monde, o ministro da Saúde, Aurelien Rousseau, afirmou que renunciaria em protesto contra a nova lei. O PL facilita a expulsão de imigrantes ilegais e aplica um sistema que torna mais difícil filhos de imigrantes se tornarem cidadãos franceses, além de diminuir o acesso deles aos benefícios sociais públicos.