A presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, acusou o Hamas de usar civis como “escudos humanos”, porém anunciou o envio de mais 25 milhões de euros (R$ 132 milhões) em ajudas humanitárias a Gaza .
Ela também cogitou nesta segunda-feira (6) a hipótese de uma missão internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) na Faixa de Gaza, mas cobrou a saída do Hamas do enclave, bem como o fim do bloqueio promovido por Israel.
Em discurso para embaixadores em Bruxelas, a chefe da Comissão Europeia apresentou “algumas possíveis ideias” para o pós-guerra e defendeu que a UE tenha um papel no “futuro de paz” no Oriente Médio.
“Gaza não pode ser o paraíso para os terroristas e o Hamas não pode reconstruir sua base na Faixa”, declarou Von der Leyen.
Segundo a presidente, uma das possibilidades seria uma “missão de paz internacional da ONU”, mas ela ressaltou que deve existir apenas “uma autoridade palestina governando um Estado palestino”.
Ao mesmo tempo, “as forças israelenses não podem estar em Gaza, não deve ocorrer a expulsão dos palestinos da Faixa, e o bloqueio deve terminar”, destacou Von der Leyen.
Ainda nesta segunda-feira, diversas organizações internacionais divulgaram um comunicado conjunto em que pedem um “cessar-fogo humanitário” no enclave palestino.
Entre os signatários do documento estão o Unicef, o Programa Alimentar Mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a ONG Save the Children, que definem a situação em Gaza como “horrível e inaceitável”.
“Há quase um mês, o mundo observa a evolução da situação em Israel e nos territórios palestinos ocupados, com choque e horror pelo número vertiginoso de vidas perdidas”, afirma o comunicado.
No texto, as organizações dizem que os mísseis do Hamas continuam a “traumatizar famílias” em Israel, onde “milhares de pessoas foram deslocadas”, porém ressaltam que, em Gaza, “uma população inteira está sob ataque, privada do acesso ao bens essenciais para a sobrevivência e bombardeada nas próprias casas, abrigos, hospitais e lugares de culto”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.