O Exército da Ucrânia suspeita que a Rússia seja a culpada pelo envenenamento de Marianna Budanova, esposa do chefe do serviço de inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov. A informação foi dada por um porta-voz do exército ucraniano nesta terça-feira (28). Marianna está internada há uma semana, recebendo tratamentos em Kiev.
O exército diz que o envenenamento que Marianna recebeu tem como base metais pesados, destacando mercúrio e arsênico. Além disso, eles confirmam que não foi um envenenamento acidental.
Segundo as autoridades, o alvo do envenenamento sempre foi Marianna, não o marido. Para o exército, é impossível atingir diretamente os chefes dos serviços de inteligência através do método utilizado. Desta maneira, os russos teriam feito de forma deliberada contra Marianna.
Kyrylo já havia informado anteriormente que a esposa vivia com ele, e que os dois moravam no local de trabalho dele.
Até o momento, o governo russo não comentou sobre o envenenamento. Essa não seria a primeira vez que o governo da Rússia seria acusado de envenenar ou planejar atentados contra a vida de opositores políticos.
De acordo com os veículos de imprensa ucraniano, os metais que foram utilizados no envenenamento de Marianna não são usados nos equipamentos do país. Dessa maneira, o serviço de inteligência acredita que o envenenamento foi através dos alimentos consumidos pela esposa de Kyrylo, e foi de forma intencional.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.