A Ucrânia lançou uma onda de ataques com drones de longo alcance no território russo neste domingo (17), o terceiro e último dia de votação das eleições presidenciais da Rússia.
Segundo o Ministério de Defesa da Rússia, foram contabilizados um total de 36 ataques com drones durante a noite em diferentes regiões, incluindo a capital Moscou.
Tanto o Ministério quanto autoridades regionais publicaram, no Telegram, um balanço da atividade das forças de defesa aérea russas nos ataques. Elas “interceptaram e destruíram” quatro drones sobre Moscou e Yaroslavl; três sobre Belgorod e Kursk; dois sobre Kaluga; drones únicos sobre Rostov, Oryol e Bryansk; e 17 em Krasnodar Krai.
“Os drones foram neutralizados, mas ocorreu um incêndio como resultado da queda de um dos dispositivos”, afirmou em mensagem no Telegram a sede operacional da região de Krasnodar, no sul da Rússia.
O incêndio na refinaria de Slavyansk, em Krasnodar, foi extinto e não houve vítimas oficiais até o momento. Entretanto, há informações preliminares extraoficiais que indicam que uma pessoa morreu de ataque cardíaco no ocorrido.
Uma menina de 16 anos foi morta pelo bombardeio em Belgorod – que faz fronteira com a Ucrânia -, postou o governador da região, Vyacheslav Gladkov, no Telegram. Segundo o governador, a casa da família da jovem pegou fogo, e o pai dela está gravemente ferido.
Uma assembleia de voto na parte controlada pela Rússia da região de Zaporizhzhia, na Ucrânia, também sofreu o ataque de dois drones ucranianos no domingo, conforme informado por Vladimir Rogov, membro da administração instalada pela Rússia. Ainda não há relatos sobre vítimas.
Ucrânia tem intensificado os seus ataques durante o período eleitoral na Rússia, forçando as autoridades a fechar escolas e centros comerciais. Entretanto, os ataques não têm afetado o andamento do pleito.
A previsão é de que Vladimir Putin conquiste o seu quinto mandato como presidente, uma vez que a maioria dos candidatos da oposição mortos, presos, exilados, impedidos de concorrer ou tendo números simbólicos . Ele disse que os ataques na fronteira ucraniana “não permanecerão impunes”.
A votação começou na sexta-feira (15) e termina neste domingo nos 11 fusos horários do país – desde as regiões do Extremo Oriente, perto do Alasca, até ao enclave ocidental de Kaliningrado, na costa do Báltico – e nos seus 88 súditos federais (regiões da Federação Russa), incluindo partes da Ucrânia ocupada, anexadas ilegalmente pela Rússia depois de lançar a invasão em grande escala há mais de dois anos.
Ataques na Ucrânia
Também neste domingo (17), as forças ucranianas informaram o abatimento de 14 drones sobre a região de Odessa, depois de terem sido lançados pela Rússia durante a noite.
Segundo a Força Aérea Ucraniana, pelo menos 20 pessoas morreram na sexta-feira (15) num duplo ataque com mísseis russos na cidade de Odessa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.