O governo turco alertou que Israel pode sofrer “sérias consequências” se colocar em prática seu plano de caçar membros do Hamas “em todo o mundo”, incluindo na Turquia.
A resposta foi dada por um alto oficial da inteligência turca nesta segunda-feira (4), de acordo com a Reuters. “Os avisos necessários foram feitos aos interlocutores com base nas notícias das declarações das autoridades israelenses, e foi expresso a Israel que tal ato teria consequências graves”, disse ele.
A declaração foi feita após uma gravação de Ronen Bar, chefe da Agência de Segurança israelense, ter vazado no final de semana. Nela, ele cita nominalmente a Turquia pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Bar afirma que Israel vai caçar o Hamas “na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, na Turquia, no Catar, em todos os lugares”. “Levará alguns anos, mas estaremos lá para fazer isso”, acrescentou.
O alerta turco também acontece em meio à escalada do conflito na Faixa de Gaza, onde quase 16 mil pessoas foram mortas . A Turquia é um dos países que condena a ação israelense no enclave, que vivencia uma crise humanitária e a mortes de milhares de civis, incluindo mulheres e crianças.
Nesta segunda-feira, o presidente turco Recep Tayyip Erdgogan voltou a afirmar que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu será julgado como “criminoso de guerra”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.