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Agronegócio

Tudo outra vez! Governo anuncia novo leilão de arroz em até dez dias

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O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, anunciou nesta quarta-feira (12.06) que em até dez dias o governo deverá publicar um novo edital para um leilão de arroz, reiniciando todo o processo de compra de até um milhão de toneladas de arroz importado.

Após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Teixeira destacou que o novo edital será submetido à análise da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU) para evitar novos erros como os que levaram ao cancelamento do leilão anterior. Segundo Teixeira, a mera expectativa de um novo leilão já ajudou a reduzir os preços do arroz nos supermercados, atendendo ao objetivo do presidente da República.

ESPECULAÇÃO – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, por sua vez, criticou o que chamou de “movimento especulativo” da indústria do arroz em meio à tragédia no Rio Grande do Sul.

Fávaro destacou que não houve uso de dinheiro público no leilão anulado e garantiu que o governo organizará um novo leilão.

“Há uma especulação da indústria do arroz, um movimento especulativo de ganhar com a tragédia. O que justifica um aumento de 30% no preço do produto?”, questionou durante sua participação no FII Priority Summit, um encontro de líderes e executivos no Rio.

“O governo não tem compromisso com o erro. Faremos um novo leilão de arroz”, afirmou Fávaro. Ele também mencionou que o governo ainda não nomeou um novo secretário de política agrícola. O anterior, Neri Geller, envolvido no processo de licitação do arroz, teve sua demissão confirmada nesta quarta-feira.

A expectativa do Governo é que o novo leilão ajude a estabilizar os preços do arroz, beneficiando os consumidores e garantindo maior transparência e eficiência no processo de compra do produto.

CONTRA – O presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende (foto), manifestou-se contrário ao novo leilão de arroz anunciado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Rezende argumenta que o governo deveria focar em medidas de apoio direto aos produtores, ao invés de promover leilões que, segundo ele, só aumentam a instabilidade no setor.

“O cancelamento do leilão anterior já gerou muitas incertezas. Repetir essa ação só intensifica a volatilidade dos preços e prejudica ainda mais os produtores, que já enfrentam altos custos de produção e desafios climáticos”, afirmou Rezende.

Ele defende que o governo concentre esforços em oferecer subsídios, crédito facilitado e outras formas de suporte direto aos agricultores. “A verdadeira solução está em fortalecer nossos produtores, proporcionando-lhes as condições necessárias para superar os desafios e garantir a estabilidade do mercado”, concluiu.

As críticas de Rezende refletem uma preocupação mais ampla no setor agrícola, onde muitos acreditam que intervenções diretas podem ser mais eficazes do que medidas como leilões para regular o mercado e apoiar os produtores.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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