O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez um apelo nesta quinta-feira (18) à Suprema Corte dos Estados Unidos, pedindo que ele possa concorrer na disputa presidencial neste ano. A apelação vem após a Suprema Corte do Colorado impedir que o nome de Trump esteja nas cédulas de votação das eleições no estado. A justificativa é um dispositivo constitucional que prevê o veto de indivíduos ligados aos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, de ocupar cargos públicos.
Na petição entregue por Trump, que contém 59 páginas, o ex-presidente alega que a Corte do Colorado exagerou na decisão. “A Suprema Corte deve pôr um fim rápido e decisivo a esses esforços de desqualificação das cédulas eleitorais, que ameaçam privar dezenas de milhões de americanos de seus direitos e que prometem desencadear o caos e a confusão se outros tribunais estaduais e autoridades estaduais seguirem o exemplo do Colorado”, afirmou o empresário.
Caso a Suprema Corte se mostre a favor de Trump, a decisão acarretaria na queda dos esforços de vários estados de tentar impedir o empresário de concorrer às eleições, usando a mesma prerrogativa. Trump é o principal nome para assumir a vaga dos Republicanos na corrida presidencial.
A decisão da Suprema Corte do Colorado levou em consideração a Seção 3 da 14ª Emenda da Constituição, promulgada logo após a Guerra Civil. Nela, fica definido que uma pessoa que fez um juramento em apoiar a Constituição e depois “se envolveu em insurreição” é inelegível, impedindo o retorno ao cargo público. A cláusula é muito abrangente e sem explicações de como e quando deve ser aplicada.
Na defesa, Trump afirma que não esteve envolvido com insurreição, que a cláusula não pode ser aplicada ao cargo de presidente e que é dever do Congresso aprovar uma legislação para poder aplicar a desqualificação.
“Levantar preocupações sobre a integridade da recente eleição federal e apontar relatórios de fraude e irregularidade não é um ato de violência ou ameaça de força”, diz a apelação de Trump. Ele completa: “”E fazer um discurso político apaixonado e dizer aos apoiadores para metaforicamente ‘lutar como o inferno’ por suas crenças também não é insurreição.”
Para o empresário, a Suprema Corte “não pode tolerar um regime que permita que a elegibilidade de um candidato para o cargo dependa da avaliação de um tribunal de julgamento sobre depoimentos duvidosos de testemunhas especializadas ou alegações de que presidente Trump tem poderes de telepatia”.
Segundo a interpretação do ex-presidente, a cláusula diz apenas que o cidadão não pode assumir ao cargo, mas não fala sobre ele concorrer ou ser eleito.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.