O ex-presidente americano Donald Trump pediu que a juíza Tanya Chutkan deixe o comando do processo por subversão eleitoral em 2020 . Em documentos enviados à corte nesta segunda-feira (11), Trump cita comentários que Chutkan faz a respeito dos invasores ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
O político argumenta que há “pouca dúvida” sobre o fato de que membros do público podem “acreditar que ela prejulgou os fatos pertinentes ao caso e à culpa do ex-presidente”.
“Apenas se esse julgamento for administrado por um juiz inteiramente imparcial o público pode aceitar o resultado como justiça”, diz o texto.
A magistrada federal foi nomeada pelo ex-presidente Barack Obama e tem um histórico de clareza de opiniões sobre o ataque ao Capitólio, chegando a exceder as penas solicitadas pelo Ministério Público ao julgar envolvidos.
Ela também comandou um processo civil envolvendo o 6 de janeiro, rejeitando as tentativas de Trump de acessar arquivos da Casa Branca. “Presidentes não são reis, e o autor do processo não é presidente”, escreveu na sentença.
Na ocasião, os promotores entregaram 41 acusações sobre a possível fraude, sendo 13 delas atribuídas a Trump. O ex-presidente teria tentado alterar o resultado das eleições no estado, onde o atual presidente Joe Biden saiu vitorioso.
A acusação formal veio após mais de dois anos de investigações, que se iniciaram ainda em fevereiro de 2021. Na ocasião, vazou uma ligação de Trump com o secretário da Geórgia, Brad Raffensperger, responsável pelo processo eleitoral no estado.
Na conversa, o ex-presidente pede que o secretário arranje 12 mil votos para que ele pudesse vencer as eleições. “Trump e os outros réus se recusaram a aceitar que Trump perdeu e, consciente e intencionalmente, se juntaram a uma conspiração para mudar ilegalmente o resultado da eleição em favor de Trump”, diz a acusação.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.