O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump negou as 34 acusações imputadas a ele na Justiça de Nova York. Trump é acusado de suborno a uma atriz pornô e de falsificar os registros empresariais.
O republicano entrou no tribunal por volta das 14h, no horário de Brasília. Deixou o local às 16h30 e seguiu em comboio pelas ruas de Manhattan rumo ao aeroporto de Nova York. De lá, ele voltará para a Flórida.
Na última quinta-feira (30), a Justiça de Nova York acatou um pedido da promotoria para tornar Trump como réu em um caso de suborno. Ele é o primeiro ex-mandatário do país a ser acusado na esfera criminal.
Segundo a denúncia, o republicano teria depositado, em 2016, US$ 130 mil, o equivalente a R$ 667 mil, para a atriz Stormy Daniels, estrela do pornô norte-americano. O dinheiro seria para a compra do silêncio da artista.
Daniels prometia divulgar um caso extraconjugal do ex-presidente em 2006. Trump ficou incomodado com a ameaça e teria subornado a atriz por intermédio de um aliado.
Os investigadores suspeitam que o dinheiro usado no pagamento seria da campanha presidencial de Trump de 2016. Na época, a verba teria sido creditada como honorários advocatícios ao advogado Michael Cohen.
Trump nega as acusações e disse ser alvo de perseguição de seus adversários políticos. O empresário é pré-candidato à Casa Branca em 2024.
O indiciamento de Trump, ao contrário do que propagou o próprio ex-presidente, não significa que ele será preso neste momento. É apenas um procedimento protocolar para constatar que a investigação do FBI apresentou provas suficientes para a abertura de um inquérito. As investigações devem continuar e podem durar meses até uma decisão definitiva.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.