Nesta quinta-feira (15), o Tribunal Distrital de Nova York rejeitou o pedido do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, para que o caso de pagamento de suborno à atriz pornô Stormy Daniels fosse arquivado. A audiência ocorreu nesta manhã, sob responsabilidade do juiz Juan Merchan.
Assim que o empresário ingressou na sessão, o juiz já descartou o pedido da defesa de Trump, definindo que o julgamento seguisse o curso normal previsto, com a audiência marcada para o dia 25 de março.
Segundo Trump, o objetivo de ir ao Tribunal é “atrasar [o processo], obviamente. Estou concorrendo às eleições novamente”. Ele teceu críticas ao calendário jurídico que estava atrapalhado suas pretensões de fazer a campanha na Carolina do Sul.
Das acusações, 34 são relacionadas ao pagamento de US$ 130 mil em 2016 à estrela de filmes pornô, Stormy Daniels — que se chama Stephanie Clifford. O objetivo do pagamento era para mantê-la calada sobre um suposto caso extraconjugal. Ainda que o pagamento não seja crime, Trump os registrou como “honorários jurídicos” nas contas da sua empresa, a Trump Organization.
De acordo com os documentos judiciais, o empresário comprou o silêncio de terceiros ao menos outras duas vezes. As provas mostram que um valor de US$ 30 mil foi pago ao porteiro da Trump Tower, que teria informações sobre um relacionamento extraconjugal do filho do ex-presidente; e outros US$ 150 mil a uma mulher que teria tido um suposto relacionamento com Trump.
O empresário afirma que é inocente das acusações e que está sendo vítima de uma “caça às bruxas” para que ele não retorne ao cargo de presidente dos Estados Unidos. Na ocasião, ele teceu críticas ao Juiz, que já abriu outro processo em 2022 contra a empresa de Trump por fraude fiscal.
O anúncio da multa a ser imposta pelo juiz Arthur F. Engoron está programado para sexta-feira e pode chegar a US$ 370 milhões, conforme solicitado pelo Ministério Público. Essa penalidade se somaria aos mais de US$ 80 milhões que ele foi recentemente condenado a pagar por difamar uma escritora que o acusou de estupro nos anos 90.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.