O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), corte ligada à Organização das NaçõesUnidas (ONU), ordenou nesta sexta-feira (24) que as forças israelenses suspendam sua ofensiva militar em Rafah , na Faixa de Gaza.
“De acordo com estas instruções, sob a convenção do genocídio, Israel deve parar imediatamente a sua ofensiva militar e quaisquer outras ações em Rafah que possam infligir ao grupo palestino em Gaza condições de vida que possam levar à sua destruição física, total ou parcial”, disse o presidente do tribunal, Nawaf Salam.
A decisão deve ser cumprida, mas o TIJ não tem um mecanismo para aplicar as ordens e, anteriormente, elas já foram descumpridas SEM PUNIÇÃO.
Pedido de prisão de Netanyahu
Nesta semana, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, ordenou a prisão do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e dos líderes do Hamas Yahya Sinwar, Mohammad Deif e Ismail Haniyeh por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos durante a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Ao contrário do TIJ, onde o Estado de Israel é alvo de uma acusação de genocídio em processo movido pela África do Sul (que deu origem à ordem desta sexta-feira), o TPI é uma corte voltada a acusações e julgamentos contra indivíduos. O alcance das decisões do órgão, no entanto, pode ser limitado, considerando que o Estado judeu não reconhece o tribunal.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.