MATO GROSSO
Tribunal capacita servidores sobre inclusão de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho
Publicado
1 ano atrásem
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oestenewsA capacitação foi uma continuidade à palestra proferida no mesmo dia (clique aqui para ler ), também pelo instrutor Osvaldo Ferreira Barbosa Júnior, diretor de projetos sociais e inclusivos da Associação Nacional do Emprego Apoiado (ANEA). Conforme a entidade, Emprego Apoiado é uma ferramenta reconhecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tem como diferencial promover a inclusão de pessoas com deficiência no ambiente laboral de forma ampla, respeitando as escolhas e interesses do trabalhador, reconhecendo seus pontos fortes e necessidades de apoio e oferecendo esse suporte e acompanhamento.
Segundo ele, ao proporcionar a capacitação para seus servidores, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso adota uma postura pioneira no estado e que serve de exemplo para outras instituições. “Segundo a OIT, hoje essa metodologia é uma das mais estudadas no mundo, mas ainda é pouco conhecida no Brasil, poucas instituições utilizam. Então é uma oportunidade nossa trazer essa metodologia para todos os servidores e convidados do tribunal. Enquanto uma instituição fomentando isso, a gente entende que o tribunal está sendo pioneiro e inovador. Que seja um primeiro passo para que o tribunal possa incentivar outros lugares”, comenta.
O servidor do TJMT, Fernando Gomes, que é cadeirante e atua na Central de Processamento Eletrônico da Vara de Execução Fiscal, a capacitação trouxe o conhecimento sobre uma metodologia que ele até então desconhecia. “Eu nunca tinha ouvido falar dessa proposta. Só do tribunal estar procurando esse pessoal já é um grande avanço porque quer dizer que o tribunal se importa com a pessoa com deficiência em geral, não só física”, avalia.
Para a servidora Eliéte Lopes Costa, psicóloga no Fórum de Várzea Grande, o workshop proporcionou sensibilização e reflexão sobre a necessidade de uma real inclusão das pessoas com deficiência. “Muito importante para rever os conceitos porque a reflexão nos leva a pensar os nossos valores, as nossas crenças. E ainda olhar para o outro que é diferente, mas não com estranheza. Aceitar as diferenças. Eu acho que o curso é muito instrutivo para você refletir as situações e se colocar no lugar do outro”, afirma.
Branca afirma que é ativista da causa dos autistas adultos e destaca a importância da inclusão no mercado de trabalho. “No caso do autista, seja nível 1, 2 ou 3, ele tem capacidade laboral e alguns têm superdotação e tem a questão dos hiperfocos. Então você pode ter um profissional excelente para sua empresa, para sua indústria, pro seu trabalho! Só que ele vai ter limitações. Então é um olhar diferenciado. Precisa ser um emprego apoiado para que esse autista, no emprego, possa desenvolver todas as suas potencialidades, mas tendo apoio nas suas dificuldades, para que seja bom para o autista, pro empregador e para os colegas de trabalho porque quem convive com o autista sabe que são excelentes amigos, companheiros, são leais, são fiéis”, defende.
A ativista elogia atitude do Tribunal de Justiça ao promover a qualificação de seus servidores, buscando ser um local cada vez mais inclusivo. “É maravilhoso! E principalmente vindo de onde está vindo porque é uma fonte. Essa fonte de conhecimento tem uma capilaridade muito grande. Ela vai para mais de 70 comarcas e isso possui um efeito multiplicador. Então você tem um olhar para o emprego, para aquela mãe da pessoa com deficiência, para o ensino. Eu acho incrível e espero que faça escola”.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Sala de aula cheia de pessoas sentadas em carteiras organizadas em círculo. Ao centro, está o instrutor falando ao microfone. Foto 2: Oswaldo Barbosa em pé, ministrando curso. Ele usa blusa preta, blaser fechado azul e calça na cor bege. Ele usa barba, é branco e cabelos grisalhos. Foto 3: Imagem em ângulo fechado da desembargadora Nilza. Ela usa blusa estampada vermelha e branca e um blaser bege. Ela fala aos presentes com microfone na mão direta. Tem cabelos loiros, abaixo dos ombros. Foto 4: Branca Fernandes fala ao microfone durante o workshop. Ela é uma mulher branca, de cabelos compridos, lisos e castanhos claros. Usa calça branca, blusa amarela e óculos de grau e está segurando um troféu do filho. O objeto tem as imagens de um capacete e do laço composto por quebra-cabeça, que simboliza o autismo.
Celly Silva/Fotos: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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