O Tribunal Federal de Cassação Penal da Argentina, anunciou que estaria reabrindo os dois casos contra a vice-presidente do país, Cristina Fernández Kirchner . A reabertura ocorreu na última segunda-feira (18), e revoga o arquivamento dos casos do Memorando de Entendimento com o Irã e o caso conhecido como “Hotesur-Los Sauces”.
Os casos haviam recebido a medida de não continuidade em outubro e novembro de 2021. As decisões de cassação podem vir a se tornar objeto de recurso no Supremo Tribunal de Justiça da Argentina.
Kirchner foi acusada de estar supostamente ligada no acobertamento de responsáveis, quando assinou o Memorando com o Irã. Neste caso, eles concordaram em fazer uma investigação conjunta acerca dos ataques que a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), sofreu em 1994. Na época, 85 pessoas morreram e 300 pessoas ficaram feridas.
Já no caso de Hotesur-Los Sauces, a vice-presidente é uma das acusadas de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e negociações incompatíveis com o de um servidor público. As ações estão ligadas a manobras de corrupção por meio de negócios de hotelaria e no ramo imobiliário, sendo ligada a família Kirchner.
Além de Cristina, o seu filho — Máximo — foi incluído no caso. Ele é atualmente deputado nacional pela província de Buenos Aires. A sua filha, Florencia Kirchner, também fora incluída, mas teve seu nome retirado na decisão da última segunda-feira.
Neste caso, é dito que a família Kirchner teria recebido dinheiro das rendas de dois empresários, sendo ambos empreiteiros de obras públicas. Eles pagariam para as empresas Hotesur e Los Sauces para conseguir se beneficiar em licitações e contratos adjudicados pelas autoridades governamentais argentinas.
Na época em que o caso do acordo com o Irã foi arquivado, o advogado da vice-presidente disse que o processo movido era “injusto”. “Depois de cinco anos de um processo injusto onde muitos consortes da causa perderam a liberdade, muitos perderam a saúde e muitos foram apedrejados e difamados em sua honra, como Cristina que foi até tachada de traidora do país por esta causa”, disse ele em outubro de 2021.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.