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BRASIL

Três mil imóveis irregulares foram demolidos no Rio desde 2021

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Três mil construções irregulares foram demolidas no município do Rio de Janeiro desde 2021. Entre elas, 70% foram construídas em áreas de atuação do crime organizado e, principalmente, de influência miliciana.

Segundo a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) do Rio de Janeiro, responsável pelas operações de derrubada das estruturas, o prejuízo causado aos responsáveis pelos imóveis chega a R$ 405 milhões.

A região que mais concentrou ações foi a zona oeste da capital, com 54,23% das demolições. O bairro do Recreio dos Bandeirantes foi o recordista, com 420 demolições.

“A prefeitura vai continuar fazendo o trabalho, com foco na preservação da vida, no ordenamento da cidade e na asfixia financeira do crime organizado”, disse secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, acrescentando que o mercado imobiliário é uma das principais fontes de renda e lavagem de dinheiro dos grupos criminosos.

Muzema

Nesta quinta-feira (19), a Seop demoliu uma estrutura na Estrada do Itanhangá, na Muzema, zona oeste. Segundo engenheiros da prefeitura, a obra já estava preparada para sustentar outros pavimentos do prédio, que no térreo teria unidades para o funcionamento de comércio.

O órgão informou que o imóvel foi erguido sem qualquer licença ou autorização da prefeitura, tendo sido embargada desde o início das fundações. Desrespeitando as determinações, os responsáveis pelo imóvel não paralisaram a ora e ainda aceleraram a construção. De acordo com a Seop, o responsável técnico tem passagens na delegacia por crime ambiental com resíduos sólidos e estelionato.

O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, disse que a construção irregular, identificada por meio do serviço de inteligência, estava sendo erguida em um terreno com mais de mil metros quadrados e se tornaria um prédio ilegal.

“Estamos, mais uma vez, em uma operação aqui na Muzema, região que, infelizmente, já sofreu com alguns desabamentos de construções irregulares e que é um dos berços da milícia. Importante destacar que chegamos na fase inicial dessa obra, impedindo que subissem ainda mais e causassem um transtorno ainda maior”, disse.

As construções, além de irregulares por falta de licenças da prefeitura, em geral não seguem os critérios de segurança de engenharia e arquitetura. Em abril de 2019, o desabamento de dois prédios na Muzema provocou 24 mortes de moradores.

Dois anos depois, em Rio das Pedras, comunidade vizinha da Muzema, Natan Gomes, de 30 anos e a filha Maitê de 3 anos foram retirados sem vida dos escombros. A mãe da menina, Kiara Abreu foi levada em estado grave para o Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio. Outras três pessoas foram resgatadas pelos bombeiros.

Consulta

Quem quiser verificar a situação regular de um imóvel vai poder fazer por meio de uma ferramenta que está sendo preparada pela prefeitura da cidade. A previsão é que entre em funcionamento até o fim deste ano. A  consulta poderá ser online e em tempo real. Com a informação do logradouro e do número do imóvel, será possível saber se há licenças emitidas pelos órgãos municipais para aquele imóvel.

“É uma forma do cidadão saber previamente se aquele imóvel é regular ou não, além de também trazer maior segurança jurídica ao mercado imobiliário”, observou Carnevale.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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