O Movimento SOS Agro RS expressou sua profunda insatisfação com a medida provisória recentemente apresentada pelo Governo Federal, que, segundo os produtores rurais, não atende às necessidades do setor. Em uma carta dirigida à população, o movimento ressaltou os desafios que o estado tem enfrentado, especialmente após as enchentes devastadoras de maio deste ano.
O Rio Grande do Sul já vinha lidando com problemas climáticos severos nas últimas safras, que prejudicaram gravemente lavouras e pastagens. “Estamos enfrentando três anos consecutivos de adversidades climáticas, que devastaram nossas colheitas e tornaram a agricultura e a pecuária insustentáveis”, destacou o movimento em sua nota oficial.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), também se manifestou sobre a situação. “O campo está clamando por políticas mais eficazes e sustentáveis. As medidas propostas até agora não contemplam as realidades enfrentadas pelos produtores, especialmente em um cenário de crise climática prolongada”, afirmou Rezende.
Ele também reforçou a necessidade de maior diálogo com o governo. “Não podemos continuar sendo ignorados em um momento tão crítico. O que estamos pedindo não são favores, mas sim políticas que garantam a sobrevivência de quem alimenta o país. Precisamos de ações concretas que levem em conta as dificuldades do campo, especialmente em tempos de crise climática”, enfatizou Rezende.
Nesta terça-feira (13.08), os organizadores do SOS Agro RS seguirão para Brasília, onde entregarão a carta à Superintendência do Ministério da Agricultura. No Rio Grande do Sul, os produtores rurais continuarão a se mobilizar com manifestações de tratores, na esperança de que novas e mais adequadas medidas sejam implementadas para garantir a sobrevivência do setor.