A apneia do sono é um distúrbio que afeta milhões de pessoas no mundo, muitas vezes sem que elas saibam. Caracterizada por interrupções na respiração durante o sono, essa condição pode ter sérias consequências para a saúde se não for tratada adequadamente. Felizmente, existe uma solução eficaz e acessível: o aparelho de avanço mandibular, indicado por dentistas especializados, conforme explica Daniela Sampaio, odontóloga que atua em uma clínica de Brasília.
“A apneia do sono provoca pausas na respiração que podem durar de segundos a minutos, ocorrendo várias vezes por noite. Os sintomas mais comuns incluem ronco alto, pausas na respiração observadas por terceiros, despertares abruptos com falta de ar, sono agitado, sonolência diurna excessiva, dificuldade de concentração e irritabilidade”, destaca.
Segundo a dentista, quando não tratada, a apneia pode levar a complicações como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e problemas cognitivos, como memória e concentração prejudicadas. “Os principais fatores de risco incluem obesidade, idade avançada, ser do sexo masculino, histórico familiar, uso de álcool e sedativos, tabagismo e anomalias anatômicas das vias aéreas superiores”, detalha.
O diagnóstico é geralmente feito por meio de uma polissonografia, exame que monitora várias funções corporais durante o sono, podendo ser realizado em laboratório ou em casa com equipamentos portáteis. “O aparelho de avanço mandibular é uma das opções mais eficazes para tratar a apneia obstrutiva do sono. É confortável, portátil e ideal para viagens, o que facilita a adesão ao tratamento. Indicado principalmente para casos leves a moderados, também é uma alternativa para pacientes que não se adaptam ao CPAP”, afirma Daniela Sampaio.
O tratamento dura entre quatro e seis meses, período necessário para a confecção, instalação e ajustes graduais do aparelho e monitoramento do uso e do conforto do paciente, assim como acompanhamento da redução dos sintomas. Após a alta, os retornos ao consultório passam a ser anuais.
Para avaliar a eficácia do tratamento, são utilizados dispositivos como os oxímetros de alta resolução que medem os níveis de oxigênio no sangue durante o sono. Com dados detalhados, o profissional pode ajustar o tratamento de forma mais precisa, garantindo o máximo benefício ao paciente.
A apneia do sono é uma condição séria que pode impactar significativamente a saúde e a qualidade de vida. No entanto, com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, como o uso do aparelho de avanço mandibular, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade do sono.
“Se você suspeita que pode ter apneia do sono, consulte um profissional de saúde para uma avaliação completa e discuta as opções de tratamento disponíveis. A odontologia desempenha um papel crucial no tratamento da apneia, oferecendo soluções eficazes e personalizadas para melhorar a saúde e o bem-estar dos pacientes”, finaliza a dentista.
Serviço
Centro Clínico Metrópolis SGAS 607 Bloco B – salas 105 e 106 61 3244 3743 61 98433 0888
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.