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MATO GROSSO

Transição energética e desafios ambientais dos empreendimentos de energia são debatidos em Congresso

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Os impactos socioambientais dos empreendimentos de energia e possíveis alternativas com novas fontes de energia foram abordados em painel do II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas: Desenvolvimento e Sustentabilidade, realizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) nesta segunda (22) e terça-feira (23).

Presidente da mesa, o deputado estadual Wilson Santos fez um relato histórico de Mato Grosso e abordou a lei de sua autoria que impede a construção de Usinas Hidrelétricas (UHE) e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em toda a extensão do Rio Cuiabá, aprovada em 2022 pela Assembleia Legislativa e julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste mês.

“Mato Grosso é a bola da vez do capital nacional e internacional. É líder em produção e produtividade, a dimensão e a riqueza do seu do subsolo ainda não tem medida e precisamos colocar freios, contrapeso ou a riqueza ambiental vai ser deixada de lado, vai ser vista como secundária. Nenhum de nós é contra o desenvolvimento, mas que seja adequado, correto, é o que chamamos de desenvolvimento com sustentabilidade”, ponderou.

O parlamentar também ressaltou não ser contra a construção de hidrelétricas. “Pelo contrário, é energia limpa, mas é preciso ter estudo e respeitar os rios que não comportam. Por outro lado, temos o mundo para avançar no campo da energia solar, produzimos minimamente, menos de 20% da nossa capacidade.”

Na sequência, a secretária de estado de Meio Ambiente e presidente da Associação Brasileira de Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Mauren Lazzareti, falou sobre transição enérgica e os desafios ambientais dos empreendimentos de energia.

“A transição energética depende da mudança de paradigmas. Não é só tratar de geração de energia, mas do consumo e mudança de comportamento da sociedade. Também precisamos entender que todas causam impactos ambientais e é preciso investir em pesquisa”, salientou, acrescentando acreditar que o licenciamento ambiental da forma como é hoje não contribui para a transição energética, que a legislação é ultrapassada e precisa ser modernizada.

Aproveitando a fala da secretária, o presidente da Associação Brasileira de Direito da Energia e do Meio Ambiente (ABDEM), Alexandre Sion, discorreu sobre o que classificou como insegurança jurídica do licenciamento ambiental. “Exercer atividades humanas impõe impactos, não tem como gerar riquezas sem impacto, mas não é possível ir além do que a lei estabelece e a lei não estabelece hierarquia sobre os direitos fundamentais. A forma como a Constituição foi construída faz com que muitas vezes as decisões tragam insegurança e o ambiente é ruim, principalmente para os técnicos dos órgãos ambientais. É importante trazer estabilidade”.

A necessidade de segurança jurídica também foi ressaltada pelo coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Tiago Vianna. “Atuamos na defesa do setor junto ao Congresso Nacional e as agências reguladoras e o grande tema é a segurança jurídica, sem segurança não há investimento e sem investimento não há desenvolvimento”.

O encontro reúne pesquisadores e autoridades em nove painéis e quatro palestras e está sendo transmitido ao vivo pela TV Contas (Canal 30.2), TV Senado e pelo Canal do TCE-MT no YouTube. O Congresso conta com apoio da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), do Instituto Rui Barbosa (IRB), do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa (ALMT), do Ministério Público do Estado (MPMT), do Senado Federal, do Instituto Nacional de Áreas Úmidas (Inau), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).

Clique aqui e confira a programação completa.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
Flickr: clique aqui

Fonte: TCE MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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