A prática de corrida se popularizou nos últimos anos e não é difícil ter um amigo corredor dedicado, que compra todos os acessórios e aderiu ao vocabulário dos atletas — pace, longão, RP — no seu dicionário e sonha em se tornar um atleta amador de elite. Agora, um novo tipo de corrida tem ganhado adeptos: o trail running. A prática acontece em meio à natureza , com trajetos desafiadores, em trechos sinuosos seduzem cada vez mais esportistas.
O percurso pode passar por bosques, montanhas, praias e dunas, o que importa é ter um contato íntimo com a imprevisibilidade dos cenários naturais e as condições climáticas que podem alterar bruscamente o percurso, além das belas paisagens encontradas durante os trajetos. As principais características da modalidade é a alternância de terrenos: asfalto, trilhas, encostas de pedras, areia, subidas íngremes e florestas compõem os desafios de uma única prova.
O mercado de provas de montanha está em expansão no Brasil e no mundo, atraindo tanto atletas profissionais quanto amadores. Neste domingo (31), é realizada a BSB Trail Run Rota do Morcego 2024 em Fercal, região administrativa do Distrito Federal.
Estilo de vida
A proximidade com a natureza, principalmente por causa dos benefícios que esse contato traz, faz com que o trail run vá além para muitas pessoas e se transforme em um estilo de vida. A conexão com a natureza, a superação de limites pessoais e a solidariedade entre os atletas são aspectos que fazem desse esporte especial para os corredores.
A decoradora Luiza Fiorito, de Uberlândia, encontrou na prática um hobby para compartilhar com o marido. “ Sempre busquei uma atividade que unisse o prazer de estar ao ar livre com o desafio físico. A corrida em trilha nos permite vivenciar isso de forma intensa, com cenários incríveis ”, conta Luiza.
Animada com a prática, o esporte tem ajudado a decoradora em várias áreas da vida. “Eu amo desafios, tanto mentais quanto físicos. É uma forma de incentivo interno a evoluir e me superar. Uma competição minha comigo mesma de querer ser, a cada dia, uma versão melhor”, diz Luiza.
Cuidados
As distâncias variam de 5 km até ultramaratonas acima de 42 km, exigindo preparo físico e nutricional ainda mais rigoroso dos participantes do que em corridas tradicionais. Mesmo as corridas mais curtas apresentam altos níveis de dificuldade e demandam maior tempo de execução, o que torna o esporte envolvente e desafiador.
O treinador físico Alex Griebeler ressalta que todos os exercícios podem ser perigosos se não houver uma avaliação médica prévia. “Uma avaliação criteriosa por um profissional de saúde é essencial para determinar a aptidão de uma pessoa para praticar esses exercícios”, avalia.
O planejamento nutricional é um dos pilares para a performance, por causa da alternância de terrenos e condições variáveis. Em alguns trechos, um quilômetro pode levar 10 minutos ou mais para ser completado, exigindo um ajuste preciso na reposição de energia e hidratação. Nessas provas, o atleta precisa carregar tudo o que consumirá no trajeto, desde água até suplementos, já que é mais difícil contar com com postos de apoio.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.