O deputado federal Ricardo Salles (PL) disse que não irá concorrer à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024.
“Eu ia ser [candidato à prefeitura], mas agora estou tomando chapéu dessa turma da política profissional. A turma que gosta de business. Não tem ideologia. […] Eu tomei uma rasteira que eu não tenho como fazer. […]” , disse o deputado em entrevista à Jovem Pan nesta segunda-feira (5).
O esperado é que o Partido Liberal (PL) apoie a reeleição de Ricardo Nunes (MDB), que, segundo Salles, é “um cara que não quer ser nosso [do PL], só quer nossos votos”.
“Pega o maior partido do Congresso, com maior fundo partidário, para apoiar um prefeito que nem apoiou o Bolsonaro (PL) no ano passado, recusou o rótulo de direita. Apoiar um cara que não quer ser nosso, só quer nossos votos.”
O ex-ministro, se mostrando insatisfeito com a suposta escolha do PL, acredita que esse movimento do partido indica que “o Centrão venceu e a direita perdeu”.
“Nós fizemos a bancada. Nós demos o fundo partidário que o partido tem, dezenas e dezenas de milhões de reais, demos o tempo de televisão. Para pegar tudo isso e apoiar um candidato que é de um partido que é base do Lula”.
Para Salles, quem está por trás da decisão é o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. Segundo o deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro está fragilizado e “a beira de responder um processo de ilegibilidade”, o que o afastou de intervir na escolha.
Valdemar da Costa defende que a nova liderança da capital paulista deve ser representada por alguém de centro-direita. “O que eu penso para São Paulo é que não podemos ter um candidato de extrema-direita, porque Boulos vem forte. São Paulo é uma cidade com votos de esquerda. Temos que ter um candidato de centro-direita em São Paulo”, afirmou.
Durante a entrevista, Salles afirmou que Ricardo Nunes não terá chances contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). “Boulos vai destruir Ricardo Nunes”, disse. Ele também fez uma provocação dizendo que Nunes “nem eleito não foi”, em menção ao fato de que o atual prefeito foi eleito como vice de Bruno Covas.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.