Um terremoto de magnitude 6,8 graus na escala Richter atingiu o Marrocos nesta sexta-feira (8) e deixou, ao menos, 820 mortos e 329 feridos, dos quais 51 estão em estado grave. O poderoso sismo derrubou prédios perto da cidade turística de Marrakech, segundo o balanço oficial do país.
O terremoto assolou o país no meio da noite e provocou o colapso de diversos edifícios, especialmente entre municípios do sudoeste, como o de al Haouz, Taroudant, Chichaoua, Ouarzazate e Marrakech.
O choque também pode ser sentido na capital Rabat, a centenas de quilômetros de distância, e também em cidades próximas ao Mediterrâneo como Casablanca ou Essaouira, até mesmo no país vizinho, a Argélia.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo foi de 6,8 graus de magnitude e ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilômetros, com epicentro 71 quilômetros a sudoeste de Marrakech às 23h11, horário local (22h11 GMT).
O Ministério do Interior afirmou que as autoridades mobilizaram “todos os recursos necessários para intervir e ajudar nas zonas afetadas”.
Os hospitais do epicentro estão com “fluxo maciço” de feridos e o governo pede que a população ajude com transplantes sanguíneos.
Ajuda internacional
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, expressou suas condolências ao país vizinho. O chanceler do país, José Manuel Albares, disse durante a cúpula do G20 que equipes de resgate estão à disposição para ajudar na emergência no Marrocos.
“A Espanha ofereceu ao Marrocos, se julgar necessário, tanto sua capacidade de resgate, que nesses momentos é a mais importante, quanto sua capacidade de reconstrução, uma vez passado esse momento. O que é importante agora é salvar o maior número possível de vidas”, disse Albares aos repórteres na cúpula do G20 na Índia.
Na França, o presidente, Emmanuel Macron, disse estar “chocado” e manifestou sua solidariedade. Benoît Payan, prefeito de Marselha, uma cidade portuária mediterrânea no sul da França, disse que enviaria bombeiros ao Marrocos para ajudar nos esforços de resgate.
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, também expressaram as suas condolências e solidariedade. A União Africana expressou a sua “grande dor” pela tragédia.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse estar “extremamente triste com a perda de vidas”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.