O Terceiro Batalhão da Polícia Militar de Mato Grosso realizou, na manhã desta sexta-feira (27.09), a solenidade em comemoração aos 35 anos da unidade. Na celebração, autoridades militares e civis, que contribuíram com a história da unidade, receberam homenagens especiais.
A solenidade foi realizada no auditório do Quartel do Comando Geral e contou com a presença do efetivo da unidade. Na cerimônia, foi oficializada a nova denominação da unidade militar, que passa a ser chamada de “3º Batalhão de PM – Subtenente Odenil Alves Pedroso”, em homenagem ao militar morto durante horário de trabalho em maio deste ano.
O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, parabenizou os policiais que compõem a unidade e destacou o trabalho que o 3º Batalhão realiza com a comunidade, além do enfrentamento à criminalidade na região da Grande CPA.
“Tenho enorme carinho e respeito pelo 3º Batalhão, onde também já trabalhei. Vejo cada vez mais o crescimento da unidade com um trabalho integrado com a comunidade, com policiais militares que amam o que fazem e que estão sempre prontos para defender a sociedade. Não posso deixar de parabenizar todo o efetivo pela justa homenagem ao subtenente Odenil, que foi um policial símbolo deste Batalhão e que vai ser eternizado recebendo seu nome pertencente à unidade”, ressaltou o coronel Mendes.
O comandante do Batalhão, tenente-coronel Benedito Martins Carvalho Júnior, pontuou a história do 3º BPM, que atualmente é a maior unidade em todo o Estado de Mato Grosso.
“O dia de hoje é singular para esta unidade, que comemora 35 anos, sendo este o maior Batalhão do Estado. Sempre oportuno relembrar a história da unidade, que começou como Companhia, no ano de 1987, e hoje atende uma extensa área com 207 policiais militares dedicados, que não medem esforços para oferecer à sociedade um serviço de segurança pública de qualidade, mantendo a ordem e a tranquilidade”, destacou o comandante.
Sobre a homenagem ao subtenente Odenil, o comandante do 3º BPM também salientou que “é um tributo ao subtenente Odenil que, durante toda a sua carreira, serviu com dedicação exemplar a esta unidade, sendo um exemplo de profissionalismo e valor para todos nós”.
O evento contou com a entrega de homenagens para autoridades militares e civis, que receberam a moeda honorífica do 3º Batalhão de PM, entregue para personalidades que contribuem com o desenvolvimento do trabalho da unidade e da segurança pública.
Entre os homenageados estavam o comandante-geral da PMMT, coronel Alexandre Corrêa Mendes; o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira e Silva; o procurador do Estado, Leonan Roberto França; a comandante-geral adjunta da PMMT, coronel Francyanne Siqueira Chaves; o subchefe de Estado-Maior Geral da PMMT, coronel José Nildo de Oliveira; e também representantes dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg-MT) dos bairros atendidos pelo 3º BPM, além de demais autoridades militares.
História
A antiga 1º Companhia da Polícia Militar foi elevada à condição de Batalhão em 04 de outubro de 1989, por meio do decreto nº 1935, assinado pelo então governador Carlos Gomes Bezerra, tornando-se o 3º Batalhão da PMMT.
Atualmente, possui em seu efetivo 207 policiais militares e tem sob sua subordinação sete companhias de Polícia Comunitária e um Grupamento de Apoio (GAP), que atuam em uma área extensa, composta por mais de 100 bairros e comunidades rurais da Grande CPA de Cuiabá, atendendo uma população estimada em 330 mil habitantes.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.