Connect with us

MUNDO

Tensão aumenta entre Venezuela e Guiana; entenda o que está em jogo

Publicado

em

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 29/05/2023

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

Nas últimas semanas, tem aumentado a tensão entre Venezuela e Guiana por conta do território Essequibo, rico em petróleo e alvo de disputa entre os países há mais de um século.

Nesta semana, o presidente venezuelano Nicolás Maduro disse que o país vizinho ameaça a paz no Caribe. “Medidas tomadas nas últimas semanas são uma afronta à paz em todo o continente. A Guiana torna-se uma ameaça à paz, estabilidade e ao direito internacional em toda a região do Caribe”, disse Maduro na segunda-feira (30) durante transmissão de seu programa de televisão “Con Maduro +”.

A fala foi feita em resposta a um pronunciamento do presidente da Guiana, Irfaan Ali, que disse que o país não abriria mão da região. “Essequibo é nosso, cada centímetro quadrado dele”, declarou.

As falas dos mandatários acontecem depois da Venezuela marcar um referendo para abordar o tema, o que causou mais tensão na região. Há pouco mais de uma semana, o país marcou para o dia 3 de dezembro uma votação para que a população venezuelana responda se concorda com a criação de um estado na região e com a nacionalização de seus cidadãos.

Para o governo da Guiana, o referendo é “ilegal” e pode afetar a segurança do país e de todo o Caribe. “O referendo tem o objetivo de promover a reivindicação ilegal e infundada da Venezuela sobre mais de dois terços do território nacional da Guiana”, afirmou o país.

Venezuela x Guiana: o que está em jogo?

A área em disputa é o território Essequibo, também chamado de Guiana Essequiba, administrada pela Guiana e reivindicada pela Venezuela há mais de um século. Com cerca de 160 mil km², a área é rica em minerais e biodiversidade.

Área disputada de Dimitria Coutinho

De um lado, a Guiana defende um limite estabelecido em 1899 por uma corte de arbitragem de Paris. Na ocasião, o Reino Unido (na época, a Guiana era colônia do país) saiu em vantagem sobre a posse do território, o que desagradou a Venezuela.

Do outro lado, a Venezuela defende o Acordo de Genebra de 1966, que estabelece bases para um solução negociada e não reconhece o acordo anterior, anulando-o.

O caso está sendo avaliado pela Corte Internacional de Justiça desde 2018. Isso porque, em 2015, a disputa na região passou a ser mais forte depois que a empresa estadunidense ExxonMobil encontrou reservas de petróleo no território Essequibo.

De lá para cá, 46 descobertas de petróleo foram feitas na região pela empresa. A última delas aconteceu na semana passada, quando o governo da Guiana anunciou que a nova jazida descoberta seria submetida a uma avaliação exaustiva.

Bate-boca

No início do mês, os dois países trocaram farpas depois do governo venezuelano marcar uma reunião para abordar o tema e o lado guianês ter se recusado a participar. De acordo com o governo da Guiana, a negativa ocorreu porque o país acredita que a solução para o conflito deve ocorrer no âmbito da Corte Internacional de Justiça.

Em comunicado, a chancelaria da Venezuela disse que a atitude da Guiana foi “arrogante e hostil”. A Guiana “mais uma vez se mostra um governo subalterno, refém da transnacional ExxonMobil, que a proíbe de retomar o diálogo soberano com a Venezuela”, disse o comunicado. “A posição arrogante e hostil da Guiana, negando o diálogo e a diplomacia, é o maior obstáculo para alcançar uma solução”, continuou.

Petróleo no centro da discussão

O embate sobre o território Essequibo acontece sobretudo por conta do potencial de exploração petrolífera da área. Tanto a Venezuela quanto a Guiana são países cujas economias têm forte relação com o combustível fóssil.

A Venezuela enfrenta dificuldades em produzir mais petróleo depois de sofrer fortes sanções dos Estados Unidos e reduzir a manutenção da infraestrutura local. Com a guerra na Ucrânia, o país tentou aproveitar a chance de vender mais petróleo internacionalmente, mas não conseguiu avançar na aceleração da produção.

Já a Guiana vem despontando na exploração de jazidas de petróleo desde que a estadunidense ExxonMobil entrou no país, o que transformou a economia local. No ano passado, a economia da Guiana cresceu 62%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o que representa a maior taxa do mundo.

Na disputa, a Guiana conta com o apoio dos Estados Unidos, que já disse apoiar “o direito soberano da Guiana de explorar seus próprios recursos naturais”.

Fonte: Internacional

Continue Lendo

MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

Publicado

em

Por

Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
Sputnik

Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do  nosso canal no WhatsApp e da  nossa comunidade no Facebook.

Fonte: Internacional

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora