Connect with us

MIRASSOL

“Tem gente que pega o ossinho e já come cru”, diz empresária de Cuiabá

Publicado

em

Reportagem exibida no Fantástico deste domingo (25) exibiu relatos comoventes e tristes sobre a fila do ossinho em Cuiabá, situação onde dezenas de pessoas fazem fila para receber doações de ossos de boi com restos de carne e que ganhou os noticiários de todo o Brasil nas últimas semanas. A empresária Samara Rodrigues de Oliveira, dona do açougue Atacadão da Carne, situado no bairro CPA 2, local que distribui os ossinhos, chorou ao relatar que algumas famílias comem os restos de carne no local, totalmente cru.

A reportagem, produzida pela TV Centre América, afiliada da Rede Globo, trouxe imagens de longas filas no local e também mostrou a residência de algumas pessoas beneficiadas pelos “ossinhos”.

A empresária informou a distribuição de pedaços de ossos com retalhos de carne é feita há 10 anos. Antes, acontecia apenas uma vez por semana e, agora, são três, uma consequência direta da crise provocada pela pandemia somada aos aumentos constantes nos preços dos alimentos.

Conforme Samara, são agendados dias e horários para as famílias irem buscar as doações, uma forma de respeitá-los. “Tem gente que pega o ossinho e já come cru mesmo ali”, revelou Samara, embargando a voz.

Uma mulher, mãe de três filhos mostrada na reportagem, responde que sem o ossinho, ela e os filhos passariam fome. “Eu já passei fome com os meus filhos, então sei o tanto que é doído”, diz ela.

Conforme a reportagem, o ossinho são pedaços de carne que sobram da desossa do boi e ficam com um pouco de carne, gordura e cartilagem. “O ossinho é o corte bovino mais barato que tem nos açougues”, relata a repórter que também mostra algumas famílias preparando o ossinho.

Uma delas prepara o alimento no fogão a lenha para economizar da forma que pode. “Tudo aqui no fogão a lenha agora, pra gente poder economizar o gás”, conta a mulher.

A reportagem também mostrou outros exemplos registrados em outras partes do Brasil, onde 19 milhões de pessoas acordam sem saber se vão conseguir alguma refeição para o dia. Também sobre os aumentos de preços em itens básicos como o arroz.

Mostrou, por exemplo, que o arroz ficou 56% mais caro e o preço do feijão-preto aumentou 71%. E nessa situação, cada brasileiro se vira como pode para conseguir o alimento diário.

Continue Lendo
Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MIRASSOL

TJ manda município em MT implementar esgoto em loteamento erguido em “brejo”

Publicado

em

Por

A Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça (TJMT) negou um recurso da prefeitura de Mirassol D’Oeste (296 Km de Cuiabá), que terá que implementar a infraestrutura (asfalto, rede de esgoto etc) num loteamento erguido num “brejo”.

De acordo com um processo que tramita no Poder Judiciário de Mato Grosso, o Ministério Público do Estado (MPMT) denunciou a prefeitura de Mirassol D’Oeste e também a Imobiliária Bordone, além da construtora Roberto Braga LTDA, pelas irregularidades.

Conforme a denúncia, o loteamento, batizado de Jardim das Flores III, foi erguido numa área “alagadiça” – como um “brejo” ou “pântano”, por exemplo -, e não dispõe de infraestrutura mínima para seus moradores.

O MPMT revela que o Jardim das Flores III não possui, sequer, “ruas abertas”. “Foram constatadas diversas irregularidades no loteamento denominado Jardim da Flores III, localizado nesta cidade, tais como, inexistência de ruas abertas, implementação em terreno alagadiço, ausência de saneamento básico, esgoto correndo a céu aberto e obras de abertura de arruamento, quadras, lotes e de equipamento urbano ainda não haviam sido concluídas”, diz trecho do processo.

Em sentença do mês de julho de 2023, a 2ª Vara de Mirassol D’Oeste acatou o pedido do MPMT, dando um prazo máximo de 2 anos para que a prefeitura e as empresas responsáveis pelo loteamento realizem as obras de infraestrutura. As partes recorreram da decisão, porém, no dia 30 de outubro de 2024, a Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo do TJMT manteve a condenação.

“A sentença de primeiro grau foi mantida, com a devida apreciação de todos os argumentos apresentados pelas partes, especialmente no que tange à responsabilidade solidária dos réus para a regularização do loteamento, tendo o acórdão deixado claro os fundamentos pelos quais a apelação não foi acolhida. Em momento algum foi omitida a análise de questões relevantes ou constitucionais”, diz trecho do voto da desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos. As partes ainda podem recorrer da decisão.

Por Folha Max

Continue Lendo
WhatsApp Image 2024-03-04 at 16.36.06
queiroz

Publicidade

Câmara de Vereadores de Porto Esperidião elege Mesa Diretora