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MATO GROSSO

TCE-MT determina adequação do sistema de saneamento básico em Jangada

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Foto: Thiago Bergamasco/TCE-MT

O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) determinou à Prefeitura de Jangada que estruture a gestão de resíduos sólidos no município e que exija da concessionária responsável pelo serviço de saneamento a adequação do sistema de abastecimento de água e sistema de esgoto.  

A decisão é do conselheiro Guilherme Antonio Maluf, que, durante a sessão ordinária desta terça-feira (14), relatou auditoria operacional instaurada para avaliar o cumprimento das metas e a evolução do município nas ações previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), estabelecido pelo Governo Federal.  

“O novo Marco Legal do Saneamento Básico manteve a titularidade do serviço aos municípios e a obrigação de elaborar os respectivos Planos, com data limite de 31/12/2022 para sua instituição, como condição para acesso a recursos federais”, explicou.  

A Prefeitura de Jangada tem agora 180 dias para comprovar ao TCE-MT que tomou as providências necessárias, o que inclui a implementação do Conselho Municipal de Saneamento Básico e a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos, além do Plano Diretor, tendo em vista a ordenada ocupação do solo no município.  

Na ocasião, também sugeriu ao presidente do Tribunal, conselheiro José Carlos Novelli, o impulsionamento do assunto, para que a área técnica competente atue para estruturar e implementar a metodologia de fiscalização, exercendo controle e orientação junto aos 141 municípios do estado. 

“Entendo que esta Corte de Contas possui competência e dever constitucional para atuar nessa vertente complexa do nosso Estado e que pode ocasionar benefícios a nível nacional”, avaliou o conselheiro, que também é presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social (CPSAS) da Corte de Contas. 

Guilherme Antonio Maluf chamou a atenção ainda para publicação do Comitê Técnico de Avaliação do Pacto pela Primeira Infância. O levantamento, realizado pelo Instituto Rui Barbosa (IRB), aponta indicadores referentes em todo o Brasil e mostra que Mato Grosso ocupa o 12° lugar no ranking nacional, o que representa alerta máximo.  

“Não há dúvida de que saneamento básico e acesso à água potável refletem diretamente na saúde de nossas crianças”, destacou.  

Em seu voto, acolheu parcialmente o posicionamento do Ministério Público de Contas (MPC), tendo sido acompanhado por unanimidade pelo Plenário.

Secretaria de Comunicação/TCE-MT
E-mail: imprensa@tce.mt.gov.br
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Fonte: TCE MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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