O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), passou a se movimentar nos bastidores para alçar um de seus principais aliados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e deve mirar nas trocas na Secretaria de Turismo no Estado. A informação foi publicada inicialmente pelo Estadão e confirmada pela coluna.
Fontes revelaram ao iG que Tarcísio quer liberar uma cadeira do Republicanos na Alesp para alçar o policial federal Danilo Campetti ao mandato de deputado estadual. Campetti foi afastado da PF em agosto após uma investigação interna sobre o uso político do distintivo durante o tiroteio entre a Polícia Militar e criminosos no dia em que Tarcísio cumpria uma agenda na comunidade de Paraisópolis, em outubro do ano passado.
Para conseguir liberar a cadeira na Alesp, Tarcísio estuda movimentar o Palácio dos Bandeirantes e deve realizar mudanças no comando da Secretaria do Turismo. Nos bastidores, membros do Palácio dos Bandeirantes avaliam o trabalho de Emerson Lucena como ‘precário’ e o governador estuda a indicação do deputado Altair Moraes (Republicanos) para o posto.
Conforme o iG apurou, a articulação pela troca na pasta é liderada pelo secretário da Casa Civil Arthur Lima , com aval de Tarcísio nas decisões. Lima chegou a oferecer a pasta do Esporte para o parlamentar, mas a ideia não agradou o próprio Republicanos, que criticou o pouco orçamento oferecido ao setor.
Se confirmada, a troca colocaria a primeira indicação ‘real’ da legenda no governo paulista. As outras secretarias com filiados do partido foram investimentos do próprio Tarcísio no começo da gestão.
Entretanto, Altair Moraes não foi a primeira opção de Tarcísio de Freitas. Antes do parlamentar, o governador se reuniu com o deputado Tomé Abduch (Republicanos), que recusou o cargo.
Em conversa com o iG , Abduch admitiu ter se reunido com Tarcísio, mas negou qualquer convite para o cargo. O parlamentar ressaltou que aceitaria “qualquer missão passada pelo governador”.
Melhora nas articulações
Um aliado próximo a Tarcísio admitiu à coluna que a troca no Turismo “resolveria três problemas do governo em uma cajadada só”. Além da insatisfação com o trabalho da pasta e a entrada de Campetti na Alesp, o governo paulista teria mais um articulador em seus quadros.
Altair Moraes é visto como um deputado com bom trânsito pelo Legislativo e que poderia colaborar para reduzir a insatisfação da base com a articulação governista.
Tarcísio quer evitar a volta dos problemas que atingiram o Palácio dos Bandeirantes no primeiro semestre. A relação entre o governo e deputados estava estremecida após o atraso na liberação de emendas e a falta de articulação com os parlamentares.
Conforme o iG mostrou, deputados apontaram as insatisfações com Tarcísio, que reconheceu o erro e prometeu melhorar a relação com os deputados. O governador apontou que os atrasos se deveram a necessidade de se fazer um raio-x do estado nos últimos meses.
Nas próximas semanas, Tarcísio quer emplacar projetos polêmicos, como o repasse de 5% da Educação para a Saúde e a privatização da Sabesp. Os textos devem chegar à Alesp nas primeiras semanas de outubro e devem ser votados ainda neste ano.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.