O ministério da Defesa de Taiwan informou, nesta quarta-feira (1), que aeronaves da China invadiram o espaço aéreo de Taipei nas últimas 24 horas. No toal, 19 aviões de combate da Força Aérea chinesa foram detectados.
Os caças de Pequim identificados eram do modelo J-10, e voaram para a região sudoeste Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) da ilha. Entretanto, as aeronaves sobrevoaram mais perto da costa da China do que da de Taiwan.
Além dos caças que entraram no erritório taiwanês, seis outros aviões da força aérea chinesa e três navios da marinha chinesa também foram detectados, mas esses não entraram na ADIZ de Taiwan.
“As Forças Armadas ROC monitoraram a situação e designaram aeronaves CAP, embarcações da Marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a essas atividades”, informou o Ministério da Defesa de Taiwan em comunicado.
25 PLA aircraft and 3 PLAN vessels around Taiwan were detected by 6 a.m.(UTC+8) today. R.O.C. Armed Forces have monitored the situation and tasked CAP aircraft, Navy vessels, and land-based missile systems to respond these activities. pic.twitter.com/XsvnjS01Me
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. 🇹🇼 (@MoNDefense) March 1, 2023
China critica atividade dos EUA no Estreito de Taiwan
Pequim se incomoda com as missões militares dos Estados Unidos pelo estreito, com navios de guerra ou aeronaves, dizendo que a China tem “soberania, direitos soberanos e jurisdição” sobre o canal.
O Comando do Teatro Oriental do Exército Popular de Libertação da China informou que suas forças monitoram a aeronave norte-americana — que também é usada para missões antissubmarino — de perto, enquanto ela sobrevoava o estreito que separa a China de Taiwan .
“As ações do lado dos EUA interferiram e perturbaram deliberadamente a situação regional e colocaram em risco a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan . Nós nos opomos firmemente a isso”, afirmou em comunicado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.