O Palmeiras trabalhou na manhã desta quinta-feira (18), na Academia de Futebol, horas após a vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, no Allianz Parque, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O time volta a campo pelo Brasileirão às 21h de sábado (20), quando disputa o clássico com o Santos, na Vila Belmiro.
Os jogadores que atuaram por mais de 45 minutos nesta quarta (17) seguiram o cronograma de atividades regenerativas na parte interna do centro de excelência. O restante disputou um coletivo em campo reduzido com a participação de diversos jovens do Sub-20 – o lateral-direito Marcos Rocha avançou na transição física e participou do trabalho com o grupo.
O meio-campista Bruno Tabata comemorou o fato de ter sido o escolhido do técnico Abel Ferreira para substituir Artur entre os titulares contra o Fortaleza, uma vez que o camisa 14 já atuou por outro clube na Copa do Brasil. Contratado na última temporada do Sporting-POR, o jogador de 26 anos marcou o segundo gol da partida, o seu primeiro no Allianz Parque – já havia balançado a rede com a camisa do Palmeiras contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista, em janeiro.
“Foi uma vitória muito importante contra um grande adversário, uma equipe que está se consolidando há vários anos. Nós e o Fortaleza somos ainda os únicos invictos do Campeonato Brasileiro. É uma vantagem boa para a gente poder preparar bem o segundo jogo. Passei oito semanas tratando uma lesão que veio em uma hora muito ruim porque eu estava vivendo um momento bom dentro da equipe, mas agora é buscar nosso espaço novamente. Ontem, pude ajudar a equipe a sair com a vitória e isso é o mais importante”, afirmou.
O camisa 11 também valorizou o entrosamento do elenco alviverde. “A maioria do nosso time joga junta há bastante tempo, então quando a gente ganha oportunidades é mais fácil porque você tenta inserir o seu ritmo de jogo e suas características, mas já alinhadas com o entrosamento que já é grande. O Palmeiras consegue manter sua base há anos e é por isso também que vem sendo muito vencedor. Nosso time tem um modelo de jogo, que, independentemente de quem jogue, todo mundo sabe fazer o seu papel. Eu sei as minhas características, que são diferentes de outros jogadores, e, quando sou escalado, tento fazer as movimentações que o Abel me pede. Temos um elenco muito bom, grande e com jogadores que podem fazer várias funções. O Abel pode variar quando ele quiser”, expôs o meio-campista, que falou também sobre o Santos.
“Pela sua história rica, o Santos é um adversário difícil, mas nós mostramos que somos também fortes dentro e fora de casa. Temos mais um dia para descansar e nos preparar para que possamos buscar mais uma grande vitória e darmos seguimento ao nosso caminho no Brasileiro, que é também o nosso objetivo para o ano”, disse.
Nesta semana, Tabata pôde reencontrar na Academia de Futebol o seu ídolo de infância, Alex, que vem fazendo um período de aprimoramento profissional no clube. “Quando me apresentei ao Palmeiras, eu deixei claro que o Alex era o meu maior ídolo no futebol. Comecei a gostar de futebol em 2003 e era na época em que ele estava jogando no Cruzeiro. Eu até brinquei que quando ele veio fazer o estágio aqui eu fiquei bastante nervoso para falar com ele porque nunca o havia encontrado pessoalmente. Mas pude falar isso para ele e é importante. Quando eu era pequeno, eu tentava imitar os movimentos dele, os gols que ele fazia, enfim, é um grande ídolo do Palmeiras e para mim foi muito bom essa troca com um jogador que já passou por muita coisa e pode dar essa experiência para a gente”, concluiu.
Contra o Santos, o Palmeiras busca completar 400 vitórias em clássicos estaduais na história (atualmente, são 1067 jogos contra Corinthians, São Paulo e Santos, com 399 triunfos, 317 empates, 351 derrotas, 1557 gols marcados e 1403 gols sofridos). O Maior Campeão do Brasil não perde um clássico estadual há oito partidas: são cinco vitórias e três empates nos duelos mais recentes.
O Alviverde vem ainda de oito vitórias consecutivas e 11 jogos de invencibilidade contra o Santos (nove vitórias, dois empates, 19 gols marcados e oito gols sofridos). Assim, pode igualar a maior sequência de vitórias na história do clássico, de nove triunfos consecutivos, registrada duas vezes: entre 1921 e 1926 e entre 1940 e 1942.
Nesta quarta-feira, o Botafogo enfrentou o Atlético-MG em Belo Horizonte e saiu com um empate sem gols, em um jogo marcado por domínio carioca e resistência mineira. Com o resultado, o Botafogo chegou a 69 pontos, mas viu o Palmeiras se aproximar na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro. O Atlético-MG, por sua vez, foi a 42 pontos e caiu para a 11ª posição na tabela.
Desde o início da partida, o Botafogo mostrou superioridade. Aos dez minutos, Almada arriscou um chute de fora da área, obrigando o goleiro Everson a fazer uma defesa difícil, mandando a bola para escanteio. O domínio do Glorioso continuou, mas a forte marcação do Atlético-MG dificultava a criação de chances claras de gol.
A situação do time mineiro se complicou ainda mais aos 40 minutos, quando o lateral esquerdo Rubens foi expulso após receber dois cartões amarelos em um curto intervalo de tempo. Com um jogador a mais, o Botafogo intensificou a pressão, mas não conseguiu balançar as redes. Nos acréscimos do primeiro tempo, Vitinho teve uma boa oportunidade ao cabecear um cruzamento, mas a bola passou por cima do travessão.
No segundo tempo, o Botafogo manteve a pressão em busca do gol. Aos 16 minutos, Vitinho novamente apareceu bem, cabeceando para uma boa defesa de Everson. Marlon Freitas também tentou de cabeça, mas o goleiro mineiro estava atento. Jeffinho quase marcou em um chute que passou perto do gol, mas a bola não entrou.
O Atlético-MG, mesmo com um jogador a menos, conseguiu chegar ao ataque aos 28 minutos, mas a defesa do Botafogo impediu a finalização. Nos minutos finais, os cariocas continuaram buscando o gol da vitória. Bastos teve uma chance em um cruzamento rasteiro, mas a bola foi pela linha de fundo. Já nos acréscimos, Alexander Barboza foi expulso, deixando o Botafogo também com dez jogadores em campo.
Apesar da pressão e das oportunidades criadas, o Botafogo não conseguiu superar a retranca do Atlético-MG, que soube se segurar e garantir o empate. Na próxima rodada, o Botafogo recebe o Vitória no estádio Nilton Santos, enquanto o Atlético-MG viaja para enfrentar o São Paulo no Morumbi, ambos os jogos acontecendo no sábado.
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG) Data: 20/11/2024 Horário: 21h30 Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) Assistentes: Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE) e Daniel Paulo ZIolli (SP) Cartões amarelos: Deyverson, Matheus Mendes, Zaracho, Igor Rabello e Lyanco (Atlético-MG) Cartões vermelhos: Rubens (Atlético-MG); Alexander Barboza (Botafogo)
ATLÉTICO: Everson; Renzo Saravia, Bruno Fuchs e Lyanco; Mariano, Otávio (Bernard), Fausto Vera, Zaracho (Paulo Vitor) e Rubens; Deyverson (Hulk) e Paulinho (Igor Rabello). Técnico: Gabriel Milito
BOTAFOGO: John, Vitinho (Jeffinho), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas, Eduardo (Junior Santos) e Thiago Almada; Luiz Henrique (Matheus Martins) e Tiquinho Soares (Igor Jesus). Técnico: Artur Jorge