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T20 Brasil produzirá estudos e discussões em apoio ao G20

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Instalado oficialmente nesta terça-feira (30), o Comitê Organizador do T20 Brasil mobilizará centros de pesquisa e think tanks e contribuirá com a produção do pensamento estratégico dentro do G20. Deverão ser desenvolvidos estudos e reflexões sobre temas diversos como macroeconomia, comércio internacional, digitalização tecnológica, energia limpa, multilateralismo, entre outros.

As 19 maiores economias do mundo e a União Europeia têm assento no G20. O grupo se consolidou como foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. A partir de 1º de dezembro, o Brasil sucederá a Índia na presidência. Será a primeira vez que o país assume essa posição no atual formato do G20, estabelecido em 2008. A presidência brasileira será exercida por um ano. Em novembro de 2024, está prevista a realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Três instituições estarão à frente dos trabalhos do Comitê Organizador do T20-Brasil: o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento e Orçamento; a Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), atrelada ao Ministério das Relações Exteriores; e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), um think tank independente criado para contribuir com a discussão da agenda internacional do país. Caberá a elas mobilizar outras entidades nacionais e estrangeiras para produzir estudos e recomendações durante a presidência brasileira do G20.

“Trazer especialistas para debater cenários e reunir evidências, avaliações e indicadores são atividades que a gente já desenvolve. Esse trabalho ganha uma escala maior porque agora estamos discutindo como vamos organizar isso junto com diferentes think tanks“, disse a presidente do Ipea, Luciana Servo, durante a cerimônia de instalação do comitê. Segundo ela, o objetivo é apoiar a inserção do Brasil nas grandes questões chave da agenda internacional, contribuindo para que o país exerça a liderança à qual se propôs.

Termo

O termo think tank (reservatório de pensamento, em tradução livre) tem sido usado para designar instituições que promovem pesquisas e reflexões intelectuais sobre assuntos de política social, de economia, de tecnologia e de cultura. A maioria delas são organizações não-governamentais, mas também podem ser agências que possuem laços com governos, partido políticos, empresas ou forças militares.

De acordo com a presidente da Funag, embaixadora Márcia Loureiro, as discussões do Comitê Organizador do T20-Brasil deverão levar em conta uma conjuntura internacional onde há uma multiplicidade de crises. “Temos ainda os efeitos da pandemia de covid-19, temos um cenário de emergência climática que tende a aumentar o número de desastres naturais, temos o desafio da recuperação econômica mundial, temos o desafio da transição energética, dos conflitos armados e da transição digital e seus impactos sobre o trabalho. São questões que, pela complexidade, exigem uma ação coletiva. Nenhum país será capaz de resolver essas questões sozinho”, avaliou.

Adriana Erthal Abdenur, assessora especial do presidente da República, pontuou que o Comitê Organizador do T20-Brasil tem uma composição híbrida e promoverá o desenvolvimento de reflexões por meio da interlocução entre órgãos governamentais e entidades da sociedade civil. Segundo a assessora, a inclusão de grupos populacionais que muitas vezes não estão representados nos think tanks será um desafio.

“O sistema financeiro internacional alimenta a desigualdade, não resolve os problemas de desenvolvimento sustentável, tampouco nos ajuda no enfrentamento da crise climática e muito menos está apoiando os países a enfrentar a grande crise do endividamento externo. A gente já detectou que há uma necessidade de defender e resgatar a Agenda 2030, que está sendo sistematicamente esvaziada nos espaços de tomada de decisão e instâncias da governança global”, acrescentou.

A Agenda 2030 foi elaborada no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e estabelece um plano global para atingir em 2030 um mundo melhor para os povos e nações. Foram previstos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna, aprovados em assembleia realizada em 2015 com a participação de 193 países.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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