O Tribunal de Justiça de Mato Grosso realizou mais uma ação em prol da sustentabilidade, com a a destinação de mais de 6 toneladas de papel para a Associação de Catadores de Material Reciclável e Reutilizável Mato Grosso Sustentável (Asmats). Os papéis foram enviados pelas comarcas de Campo Novo do Parecis, Paranatinga e Primavera do Leste.
A parceria entre o Tribunal de Justiça e a cooperativa foi assinada em 2019, e desde então inúmeras ações tem sido realizadas com o objetivo de promover a sustentabilidade por meio da reciclagem e do descarte consciente de materiais.
Apenas este ano, mais de 15 mil toneladas de documentos foram destinados à Asmats para a reciclagem. Até a chegada do momento de descarte, um trabalho minucioso é feito pelos servidores para triagem e separação dos processos, como explica a diretora do Departamento da Coordenadoria Administrativa do Tribunal de Justiça, Ivone Regina Marca.
“A retirada desses papéis é exclusivamente oriunda das comarcas onde no município não há uma associação que tenha o devido encaminhamento desse descarte. O descarte dos documentos obedece a uma gestão documental de normativas, com a aplicação da tabela de temporalidade da área judicial onde é checada toda a classificação do arquivo corrente e intermediário. Tudo de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após o cumprimento do prazo eles são eliminados sob o cuidado de publicação de edital e baixa definitiva no sistema”, ressalta a diretora.
Após a triagem, os documentos produzidos nas comarcas são encaminhados para o Tribunal de Justiça, em Cuiabá, ficando mantidos no Arquivo Central do Poder Judiciário até alcançar um volume significativo para o repasse à Asmats, que fica responsável pela remoção adequada e responsável dos papéis.
Segundo a presidente da associação, Icleide de Jesus Basílio, assim que o material chega na cooperativa, ele é pesado e encaminhado para uma empresa localizada em São Paulo, especializada no reaproveitamento de papéis.
“Uma parte do valor obtido com a venda do material é dividido entre aqueles que trabalharam, e a outra parte do valor é investida na compra de equipamentos e outros insumos necessários para a associação”, esclareceua Icleide.
O papel é um dos materiais sólidos mais produzidos no mundo atualmente, e quando reclicado, colabora para a redução da produção de celulose virgem, que é a derrubada de árvores, além do consumo consciente de outras fontes naturais, como a água e a energia elétrica.
Para a gestora do Núcleo de Sustentabilidade, Vera Lícia de Arimatéia Silva, além da questão ambiental, a parceria mantida com o Tribunal de Justiça também é revertida em resultados sociais.
“É um trabalho lindo e fundamental porque é um sinal muito importante de que a instituição está abraçando as questões de sustentabilidade em todos os seus aspectos, sendo um valor institucional e dentro do planejamento estratégico da instituição do Tribunal de Justiça. Então, contribuímos com a nossa função enquanto consumidores com a destinação correta dos materiais, e colaboramos socialmente com as famílias e toda parte social que envolve os trabalhos da cooperativa”, frisou Vera Lícia.
Neste ano, o Poder Judiciário de Mato Grosso aprovou e já está colocando em prática, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), com o envolvimento das 79 comarcas e unidades judiciárias. O objetivo é minimizar os impactos ambientais decorrentes do descarte inadequado, buscando atingir a meta de reaproveitar 100% dos resíduos recicláveis.
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Primeira imagem: Arquivo Central do Poder Judiciário com as mais de seis toneladas de papel. Segunda imagem: trabalhadores da Associação de Recicláveis fazendo a retirada dos papeis. Terceira imagem: pátio da associação de catadores.
Fernanda Calazans (estagiária)
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT