O número de mortes no Vietnã causado pelo tufão Yagi subiu para 59, informaram os meios de comunicação estatais na segunda-feira (9), enquanto líderes empresariais afirmaram que a tempestade foi um “desastre” para o setor de manufatura vital do país.
Yagi, segundo meteorologistas, é o tufão mais poderoso a atingir o norte do Vietnã em 30 anos, derrubou pontes, arrancou telhados de edifícios e danificou fábricas após tocar terra no sábado, trazendo ventos superiores a 149 quilômetros por hora.
Os apagões causaram grandes interrupções nas fábricas do norte do Vietnã, que é um importante centro de produção para empresas globais de tecnologia, como Samsung e Foxconn.
O norte também enfrentava graves inundações na segunda-feira, com várias comunidades parcialmente submersas.
A tempestade matou 59 pessoas no Vietnã, conforme relatado pelos meios de comunicação estatais, sendo 44 delas em deslizamentos de terra e enchentes repentinas. O número de mortes anteriormente havia sido estimado em 21.
As autoridades informaram na segunda-feira que 247 pessoas haviam ficado feridas.
“A situação (das inundações) é muito grave. Ordenamos o esvaziamento dos reservatórios”, disse Nguyen Hoang Hiep, vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, em um comunicado.
“Os municípios devem ser ativos para apoiar e garantir a segurança de seu povo e bens.”
Pelo menos 24 pessoas também morreram quando Yagi atravessou o sul da China e as Filipinas antes de atingir o Vietnã.
Cerca de 1,5 milhão de pessoas ainda estavam sem eletricidade no Vietnã na segunda-feira e uma ponte importante sobre o rio Vermelho, que estava cheio e com correnteza forte, desabou na província de Phu Tho, no norte.
Imagens nos meios de comunicação estatais mostraram metade da ponte Phong Chau, que tem 375 metros de comprimento, destruída.
O vice-primeiro-ministro Ho Duc Phoc estimou que 13 pessoas estariam desaparecidas, de acordo com o site de notícias estatais VNExpress.
Ele afirmou que havia 10 carros e caminhões, além de duas motocicletas, na ponte quando ela desabou.
Na província vizinha de Yen Bai, 2.400 famílias foram forçadas a se deslocar para áreas mais altas, à medida que o nível da água subia para níveis perigosos.
As águas das enchentes alcançaram um metro de altura em partes da cidade de Yen Bai na segunda-feira.
As autoridades de desastres disseram que 130 locais em 17 cidades e províncias no norte do Vietnã estavam em alto risco de inundações e deslizamentos de terra.
Apagões
Em todo o norte do Vietnã, 5,7 milhões de clientes foram afetados por apagões no sábado e domingo, de acordo com a companhia estatal EVN.
O Vietnã é uma parte crucial da cadeia de suprimentos para algumas das empresas mais importantes do mundo e muitas fábricas chave, tanto nacionais quanto estrangeiras, estão localizadas no norte.
Hong Sun, presidente da Câmara de Comércio Coreana no Vietnã, disse à AFP na segunda-feira que o tufão foi um “desastre” para os negócios, especialmente na área de Haiphong, uma cidade portuária gravemente afetada pelo tufão.
“Durante o tufão, houve uma situação de apagão, então algumas dessas fábricas tiveram que fechar, o que significa que tiveram que gastar muito tempo e dinheiro para reinstalar toda a maquinaria”, afirmou.
Susumu Yoshida, da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, disse que o telhado de uma empresa de eletrônicos foi arrancado e seus produtos foram inundados.
Entre as vítimas do tufão estava uma família de quatro pessoas que morreu depois que fortes chuvas causaram o colapso de uma encosta sobre uma casa na província montanhosa de Hoa Binh.
Seis pessoas, incluindo um recém-nascido e um menino de um ano, foram mortas em um deslizamento de terra nas montanhas Hoang Lien Son, no noroeste do Vietnã, na tarde de domingo.
Os tufões na região estão se formando mais próximos da costa, intensificando-se mais rapidamente e permanecendo sobre a terra por mais tempo devido às mudanças climáticas, segundo um estudo publicado em julho.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.